quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Enquanto governo federal confirma salário mínimo de R$ 619, governo anastasia propõe salário de R$ 712 a professor com curso superior e pós-graduação

Salário mínimo subirá para R$ 619,21 em 2012, diz ministra
 

31 de agosto de 2011• 12h14 •  atualizado 14h18

Luciana Cobucci
Direto de Brasília
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou nesta quarta-feira que o salário mínimo do brasileiro será de R$ 619,21 em 2012, o que representa um aumento de 13,62% sobre o valor atual de R$ 545 e um impacto de R$ 21,5 bilhões no ano que vem nas contas públicas. O reajuste consta no projeto de lei orçamentária para o próximo ano, que a ministra entregou ao presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB-AP). O limite para encaminhar o projeto era até as 14h30 desta quarta-feira. Durante a tarde, a ministra deve conceder entrevista para detalhar o conteúdo do Orçamento.O Projeto de Lei Orçamentária Anual , que tem de ser elaborado, obrigatoriamente, todos os anos, traz a previsão de receitas (impostos, taxas e contribuições) e despesas (gastos com saúde, educação, segurança, previdência, investimentos e outros) do governo federal. Ao chegar ao Congresso Nacional, os membros do Legislativo discutem, apresentam emendas e votam o projeto de lei até o encerramento das atividades legislativas do ano. 
 
Fonte: Notícias Terra

Outras notícias em: Histórias pra Boi Acordar

MP pode pedir declaração de ilegalidade da greve dos professores

Recusa dos professores à proposta de reajuste salarial feita pelo estado pode levar o Ministério Público estadual a pedir judicialmente a ilegalidade da paralisação


Junia Oliveira -
Publicação: 01/09/2011 06:00 Atualização: 01/09/2011 06:08


A greve dos professores da rede estadual pode parar na Justiça. O Ministério Público (MP) admitiu nessa quarta-feira a possibilidade de entrar com ação civil pedindo a declaração de ilegalidade do movimento e fixação de multa em caso de descumprimento. O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Alceu Torres Marques, informou que aguardará “um pouco mais” para acompanhar as próximas decisões dos profissionais de ensino. A expectativa era de um ponto final na assembleia da categoria realizada nessa quarta-feira à tarde, quando, mais uma vez, a continuidade da paralisação foi decidida por unanimidade. “Não é a medida que gostaríamos de tomar, mas não podemos abrir mão da ação e a levaremos às últimas consequências. Espero que os professores retomem as aulas e prevaleça o bom senso”, afirmou o procurador.

O MP intermediou uma reunião, nessa quarta-feira pela manhã, entre os secretários de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, e de Governo, Danilo de Castro, com os representantes do Sindicato Único dos Trabalhos em Educação (Sind-UTE). Os professores rejeitaram a proposta do estado de um piso salarial de R$ 712,20, para uma jornada de 24 horas semanais, a partir de janeiro de 2012. Eles insistem num piso de R$ 1.597. Segundo Alceu Marques, o valor indicado pelo estado atende a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que estabelece piso nacional para professores da rede pública de R$ 1.187, para 40 horas por semana. A legislação prevê a proporcionalidade.

A presidente do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, contestou a proposta argumentando que ela não leva em consideração o tempo de serviço nem o nível de formação do profissional. Pela tabela, o piso vai contemplar igualmente profissionais formados no nível médio, superior e com pós-graduação lato sensu (especializações). A manutenção dos atuais vencimentos de quem tem mestrado e doutorado – R$ 819,43 e R$ 999,70, respectivamente – também desagradou ao sindicato.

Nesta quinta-feira, a Secretaria de Educação abre prazo para que profissionais que estão no modelo antigo (salário com base no piso) optem pelo subsídio. Eles terão até 31 de outubro para fazer a migração, que vai contemplar aperfeiçoamentos. Um deles é de que a cada três anos de efetivo serviço no magistério haja progressão, promoção e aumento salarial. A proposta será encaminhado à Assembleia Legislativa nos próximos dias. A escolaridade também deverá ser valorizada no sistema de subsídio, com ganhos financeiros maiores.

O procurador-geral de Justiça disse que ninguém ficará prejudicado. “Houve um achatamento dos salários, mas a situação deve ser analisada caso a caso, pois a pessoa que se sentir prejudicada pode migrar para o subsídio. Com essa possibilidade, é permitido ao professor escolher a melhor a situação para ele”, disse. A secretária Renata Vilhena informou que serão contratados professores para trabalharem nas 58 escolas que estão totalmente paradas e nas 722 parcialmente em greve. O número de educadores está sendo levantado. “A cada negociação aparece algo novo. Até ontem (terça-feira), era o pedido do pagamento do piso nacional no vencimento básico. O Ministério Público manifestou que o governo está cumprindo a decisão judicial. O governo não vai ficar de braços cruzados. Não consigo compreender a falta de bom senso do sindicato”, disse.

Prejuízos
O governador Antonio Anastasia esteve nessa quarta-feira em Brasília (DF) com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Ele conversou sobre a paralisação dos servidores e destacou as ações do governo para amenizar os prejuízos aos estudantes sem aula. O ministro demonstrou apoiou às ações do estado. “O governador está tomando providências para dar atendimento aos estudantes com a contratação dos temporários. É uma situação emergencial e é preciso, nesse momento, dar suporte aos estudantes que estão concluindo o ensino médio. É preciso mobilizar o que estiver à disposição”, afirmou Haddad.

Segundo Renata Vilhena, a proposta de R$ 712 impactaria o estado em R$ 763 milhões. “Pelo o que o sindicato quer, seriam R$ 3,7 bilhões, além dos R$ 7,7 bilhões gastos atualmente. O governo não é irresponsável”, afirmou. Sobre as conversas em Brasília, ela destacou: “Para o governo federal nos ajudar a arcar com os custos, é preciso mudar a portaria, pois só podem ter verba extra as unidades da Federação que não recebem a complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e só seis estados do Nordeste se enquadram nesse critério”, disse.


A proposta do governo

Piso salarial de todos os professores passa de R$ 369 para R$ 712
O novo vencimento base contempla quem já está na rede estadual
Além do piso, o salário contará com todas as gratificações, como biênios e quinquênios
Os novatos entrarão ganhando o subsídio – R$ 1.122. O valor incorpora, numa única parcela, todas as vantagens e, por isso, o profissional não terá mais as gratificações
O piso vai contemplar profissionais formados no nível médio, superior e com pós-graduação lato sensu (especializações), independentemente do
tempo de serviço
Quem tem mestrado ou doutorado terá a mesma base de vencimentos atual: R$ 819,43 e R$ 999,70, respectivamente

Fonte: Estado de Minas

A imprensa se surpreende!!! Em meio ao trânsito tumultuado dada a manifestação pacífica dos profissionais da educação, um motorista dá um exemplo único apoiando abertamente o movimento grevista.

Durante a manifestação dos professores, um repórter de uma emissora local em BH procura um motorista para entrevistá-lo buscando sua opinião a cerca da greve dos professores que prejudicava o trânsito naquele local, e... tchan tchan tchan tchan... Para a surpresa do próprio repórter o motorista se mostrou completamente a favor da greve dos profissionais da educação e ainda demonstrou um senso ímpar de solidariedade e cidadania para com a condição de vida dos educadores mineiros de um modo geral...

Digno de uma longa salva de palmas....


O desespero do Governo para (tentar) acabar com a greve

Segundo a Secretaria de Estado da Educação, a greve dos trabalhadores em educação atinge um número muito pequeno de escolas. No entanto a realidade é diferente do discurso da Secretaria: ampliamos o número de escolas atingidas pela greve e de categoria aderindo ao movimento. O anúncio das melhorias do subsídio não teve o impacto que o governo esperava. Ao contrário, o questionamento de muitos colegas que ficaram no subsídio é saber quando eles terão o direito de retornarem à remuneração de vencimento básico.
O anúncio do Governador, esperado pela sociedade uma vez que ele não havia feito nenhum pronunciamento desde o início da greve, causou decepção uma vez que ele não apresentou nenhuma alternativa para cumprir a Lei Federal e por fim à greve.
O que resta agora? Tentar acabar com a greve através de AMEAÇAS, AÇÕES COERCITIVAS E PUNITIVAS. Primeiro com os designados. Se der certo, será com efetivados, efetivos... e a possiblidade de sairmos da miséria que é o salário da rede estadual será adiada por anos.
Na véspera da nossa assembleia estadual, a Secretária de Estado da Educação encaminhou correspondência eletrônica às Escolas Estaduais orientando o imediato retorno dos designados. O texto do comunicado é tão absurdo, que o reproduzo abaixo para fazermos o debate.
COMUNICADO DA SECRETARIA
"A Secretaria de Estado de Educação vem a público convocar os
profissionais da rede estadual de ensino e, especialmente, aqueles cujo
ingresso tenha ocorrido mediante designação, a retornarem
imediatamente ao exercício de suas funções."
Não cabe ao governo realizar convocação de retorno às atividades.
A Constituição Federal protege o trabalhador no exercício do direito de greve:
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.


Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica

 Esclarece que o ato de designação representa medida excepcional e
precária e o não comparecimento do servidor que se encontre nessa
situação constitui falta injustificada que não se compatibiliza com a
natureza, finalidade e os motivos da própria designação.


LEI Nº 7.783, DE 28 DE JUNHO DE 1989.
Dispõe sobre o exercício do direito de greve, define as atividades essenciais, regula o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, e dá outras providências.
Art. 1º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
(...)
Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho.
Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14.

"A greve vem causando prejuízos irrecuperáveis aos alunos da rede
estadual de ensino, especialmente àqueles em fase de conclusão do
ensino médio, tendo em vista a realização do ENEM, em outubro, e sua
utilização nos vestibulares e no PROUNI, fatos que já obrigaram esta
Secretaria a adotar medidas excepcionais na tentativa de contornar o
problema."


Para o governo mineiro, televisão substitui professor. Para responder pela formação dos alunos não precisa ser professor. A preocupação com o ENEN ocorre apenas durante a nossa greve, visto que os alunos não têm direito a estudar todas as disciplinas do currículo do ensino médio.

"Da mesma forma a greve vem causando transtornos às famílias desses
alunos e à própria sociedade, não subsistindo motivos para que os
professores não retornem à sala de aula."
O que causa transtorno às famílias é ter um governo pautado pela intransigência, ausência de negociação e desrespeito à legislação federal.
"Especialmente em relação aos professores designados, não há
dualidade de sistemática remuneratória, havendo pagamento único
mediante subsídio, cujo valor indiscutivelmente supera o do piso
estabelecido pela legislação nacional".
Não há "dualidade de sistemática remuneratória" porque o governo EXCLUIU os designados do direito de escolha entre as formas de remuneração e pretende mantê-los excluídos mesmo depois da publicação do acórdão. O sindicato defende que os designados também tenham o direito de opção e possam receber o Piso Salarial Profissional Nacional.
O mais interessante é que o comunicado NÃO TEM ASSINATURA, apenas o nome da Secretária.
O que fazer? Manter a greve.
O que o sindicato fará? Recorrerá à justiça na tentativa de proteger o direito do trabalhador.
PRECISAMOS FAZER UMA GRANDE CORRENTE E PROTEGER OS COLEGAS DESIGNADOS PARA QUE CONTINUEM NA LUTA!!!

Professores da rede estadual decidem manter greve em Minas

Servidores recusaram nova proposta de remuneração feita pelo governo.
Governo disse que vai contratar professores para o retorno das aulas.

Do G1 MG
 
Os servidores da rede estadual de educação decidiram manter a greve da categoria após assembleia geral realizada, nesta quarta-feira (31), em Belo Horizonte. A paralisação dos professores começou no dia 8 de junho. Durante a manhã desta quarta-feira (31), o Governo de Minas Gerais apresentou uma nova proposta aos educadores, que prevê o pagamento de R$ 712,20 para os professores da educação que têm vencimento básico menor que este montante, a partir de janeiro de 2012. O novo modelo de remuneração proposto foi recusado pelos servidores.
Segundo a Secretaria de Estado de Educação, com isso, o governo atende ao Supremo Tribunal Federal (STF), que estabelece piso salarial nacional para professores da rede pública no valor de R$ 1.187,00 para uma jornada de 40 horas de trabalho.

A secretaria justifica que, como em Minas, os professores da educação básica têm uma jornada semanal de 24 horas e a legislação prevê a proporcionalidade, a aplicação do valor de R$ 712,20 como vencimento básico atende à interpretação da Lei Federal.
Ao término da reunião no Ministério Público, a coordenadora-geral do SindUTE-MG, Beatriz Cerqueira, avaliou a proposta como ruim, porque representa um achatamento do salário da categoria. O sindicato reivindica piso salarial de R$ 1.597,87 para jornada de 24 horas e Ensino Médio de escolaridade. O valor defendido segue cálculo feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação (CNTE).
Para tentar colocar fim à greve, o sindicato informou que admitiria discutir o piso de R$ 1.187, estabelecido pelo Ministério da Educação.
Após a reunião, os professores saíram em passeata. De acordo com o SindUte, os educadores vão caminhar com destino à Praça da Liberdade.
Posição do governo em relação a manutenção da greve
A Secretaria de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, disse ao G1 que o governo não esperava a decisão dos professores de manter a greve. Segundo ela, a proposta apresentada nesta quarta-feira atendia a reivindicação até então colocada pela categoria.
Renata disse ainda que o governo vai concentrar esforços para garantir o retorno às aulas. Entre as medidas anunciadas estão a contratação imediata de professores para as demais séries. De acordo com a secretária, as contratações para o terceiro ano já estão finalizadas e aulas já foram retomadas em quase todas as escolas.

Fonte:  G1

Governo de Minas propõe piso proporcional de R$ 712 aos professores


Luana Cruz -
Liliane Luchin - TV Alterosa
Publicação: 31/08/2011 14:10 Atualização:

Em reunião com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), nesta quarta-feira na sede do Ministério Público de Minas Gerais, o governo de Minas propôs um piso salarial de R$ 712 como vencimento básico para os professores da rede estadual. Com esse valor o governo afirma que cumpre Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), de acordo com a Lei Federal 11.738. A lei regulamenta o salário de R$ 1.187 para servidores que exercem 40 horas semanais. Segundo a Secretaria Estadual de Educação (SEE), como os professores de Minas trabalham 24 horas semanais, a regra prevê a proporcionalidade do salário. Conforme o sindicato, atualmente o governo paga piso de R$ 369.

De acordo com a Procuradoria Estadual de Defesa da Educação do Ministério Público de Minas Gerais, com essa proposta o governo cumpre a lei federal e o acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF). Portanto, mesmo que as negociações continuem, a greve deve acabar imediatamente. A coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, afirmou, ao deixar a reunião, que a proposta é ruim. Segundo Cerqueira, com essa proposição o governo desconsidera a formação do professor, pois pagará esse piso para trabalhadores com formação de ensino médio ou superior. De acordo com ela, a proposta também descarta o tempo de serviço dos profissionais. Tudo indica que a greve vai continuar, mas a decisão vai sair da assembleia que acontece hoje às 14h.

A greve dos professores já completou 85 dais. Segundo a Secretaria Estadual de Educação (SEE), das 3.779 escolas estaduais de Minas, a rotina em mais de três mil não mudou e as aulas não foram interrompidas. São 61 escolas totalmente paralisadas, o que corresponde a 1,6% do total de 3.779. No início da greve, em junho, esse número chegou a 145, mas já caiu em mais da metade. Já as instituições de ensino que estão parcialmente paralisadas somam 758.

Fonte:  Estado de Minas

Governo convoca professores designados a encerrar greve

A SEE emitiu um documento de apelo aos servidores que não são de carreira. São cerca de 8 mil trabalhadores convocados a voltar imediatamente às salas de aula


Luana Cruz -
Publicação: 31/08/2011 10:09 Atualização: 31/08/2011 11:29

A greve dos professores estaduais de Minas Gerais já dura 85 dias e nesta quarta-feira os olhares estão voltados para a reunião entre o governo de Minas e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE). O encontro, marcado para às 11h, será intermediado pelo procurador-geral de Justiça, Alceu Torres Marques. Em meio a protestos e negociações, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) emitiu, na terça-feira, uma convocação aos professores designados, aqueles que não são de carreira. O documento, enviado às escolas, é um chamado para esses servidores voltarem às salas de aula.

Os designados são professores contratados para trabalhar até dia 31 de dezembro de 2011. Segundo a SEE, como o calendário letivo já foi prejudicado pela greve, esses profissionais não participariam da reposição de aulas, que possivelmente avançará para 2012. De acordo com a SEE, o ideal é que esses trabalhadores, estimados em 8 mil, voltem imediatamente às atividades. A secretaria esclarece que não cabe punição para quem não voltar e afirma que a convocação tem caráter de apelo. (Veja a convocação abaixo).

Os professores reivindicam o imediato cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), de acordo com a Lei Federal 11.738, que regulamenta o salário. Segundo o sindicato, Minas paga piso de R$ 369,00. Desde de 8 de junho, a categoria está em greve e tenta mobilizar governo e sociedade em defesa da reivindicação. Os grevistas se reúnem nesta quarta-feira às 14h para decidir os rumos da paralisação.

Segundo a SEE, das 3.779 escolas estaduais de Minas, a rotina em mais de três mil não mudou e as aulas não foram interrompidas. São 61 escolas totalmente paralisadas, o que corresponde a 1,6% do total de 3.779. No início da greve, em junho, esse número chegou a 145, mas já caiu em mais da metade. Já as instituições de ensino que estão parcialmente paralisadas somam 758.

Convocação aos professores designados:

“A Secretaria de Estado de Educação vem a público convocar os profissionais da rede estadual de ensino e, especialmente, aqueles cujo ingresso tenha ocorrido mediante designação, a retornarem imediatamente ao exercício de suas funções. Esclarece que o ato de designação representa medida excepcional e precária e o não comparecimento do servidor que se encontre nessa situação constitui falta injustificada que não se compatibiliza com a natureza, finalidade e os motivos da própria designação.

A greve vem causando prejuízos irrecuperáveis aos alunos da rede estadual de ensino, especialmente àqueles em fase de conclusão do ensino médio, tendo em vista a realização do ENEM, em outubro, e sua utilização nos vestibulares e no PROUNI, fatos que já obrigaram esta Secretaria a adotar medidas excepcionais na tentativa de contornar o problema.

Da mesma forma a greve vem causando transtornos às famílias desses alunos e à própria sociedade, não subsistindo motivos para que os professores não retornem à sala de aula. Especialmente em relação aos professores designados, não há dualidade de sistemática remuneratória, havendo pagamento único mediante subsídio, cujo valor indiscutivelmente supera o do piso estabelecido pela legislação nacional.”


Fonte: Estado de Minas

Ministro da Educação apoia contratação de professores substitutos em Minas

Fernando Haddad se reuniu em Brasília com o governador Antonio Anastasia e,após o encontro, sinalizou que a medida paliativa para solucionar greve é válida


Daniel Silveira
Publicação: 31/08/2011 19:07 Atualização: 31/08/2011 19:20

A contratação de professores substitutos, mesmo sem licenciatura, em meio à greve dos professores da rede estadual em Minas Gerais é apoiada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Sob o argumento da proximidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o ministro considera legítima a decisão do governador Antonio Anastasia. Destacando ser uma situação emergencial, Haddad afirmou que “é preciso mobilizar o que tiver à disposição em virtude de ser um exame nacional não é um exame estadual”.

Fernando Haddad se reuniu nesta quarta-feira com o governador de Minas em Brasília. Segundo Anastasia, o objetivo do encontro foi destacar ao ministro a situação enfrentada no estado com a paralisação da categoria, que completa 85 dias sem qualquer perspectiva de encerramento. Ao fim do encontro, o ministro foi breve ao avaliar as medidas adotadas pelo governo do estado e evitou comentar o impasse sobre a remuneração dos professores em Minas, razão da greve.

Depois de conversar com o ministro, Anastasia enfatizou mais uma vez aos jornalistas o cuidado que o governo de Minas tem tomado para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Nessa visita ao ministro Fernando Haddad vim mostrar a preocupação que nós temos quanto ao pagamento de novos encargos, especialmente em relação à legislação federal do piso”, disse.

O governador alegou também que o modelo de remuneração por subsídio traz mais clareza quanto a remuneração dos servidores estaduais. Ele fez questão de citar a preocupação com a legislação federal que determina o piso nacional dos professores. “O critério de reajuste previsto para os próximos anos é baseado no Fundeb. Isso preocupa não só a mim, mas a todos os governadores, na medida em que tira da governança do Estado um critério de reajuste da folha salarial do próprio Estado”, salientou.

Sobre a continuidade da greve, Anastasia afirmou que o esforço no momento é garantir a continuidade das aulas para que os alunos, principalmente aqueles que estão concluindo o Ensino Médio, não sejam prejudicados. “O Governo fez negociação o tempo todo, mas, reitero, nós temos os limites da lei de responsabilidade", reafirmou.

Impasse continua


Na manhã desta quarta-feira, em reunião na sede do Ministério Público de Minas Gerais, o governo de Minas propôs ao Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) um piso salarial de R$ 712 como vencimento básico para os professores da rede estadual. Esse valor, segundo o governo, está em conformidade com a Lei Federal 11.738 que regulamenta o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) em R$ 1.187 para uma jornada de 40 horas semanais. Os professores de Minas têm jornada de 24 horas semanais, assim o governo se baseou na regra de proporcionalidade. De acordo com o Sind-UTE, atualmente o governo paga o piso de R$ 369 para aqueles servidores que optaram por voltar ao modelo antigo de remuneração, feito pelo vencimento básico.

A proposta do governo foi recusada pela categoria, que se reuniu à tarde no pátio da Assembleia Legislativa de Minas. Os professores decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Em seguida, eles saíram em mais uma passeata pela capital.

Fonte: Estado de Minas

Professores decidem manter greve em Minas Gerais

Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, cerca de 9 mil funcionários da rede estadual de educação, de acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A manifestação ocorreu no pátio da Assembleia Legislativa do Estado, no bairro Savassi, em Belo Horizonte.
Em greve desde o dia 8 de junho, a categoria reivindica o imediato cumprimento do piso salarial nacional, regulamentado pela Lei Federal 11.738. A proposta apresentada por representantes do governo estadual durante a assembleia, de R$ 712, a partir de janeiro de 2012, foi recusada.
A Secretaria de Estado de Educação se manifestou através de nota dizendo que a proposta atende ao que foi estabelecido em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para o piso nacional dos professores.
Também em nota, o Sind-UTE disse que os trabalhadores vão se organizar e realizar vários atos e manifestações dialogando com a sociedade, divulgando panfletos, além de promover atividades de caça ao governador e manter a articulação com movimentos sociais e entidades sindicais, com objetivo de fortalecer a greve.
De acordo com a Polícia Militar, por volta das 15h, após a assembleia, os grevistas saíram em passeata até a Praça da Liberdade, a 2 km de distância. O trânsito teve que ser desviado para evitar acidentes.
Um motorista relatou que, por causa da passeata, muitas pessoas desceram dos ônibus e táxis para seguir a pé. Houve trocas de insultos entre motoristas e grevistas.

Fonte: Noticias Terra