quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Estado admite aula em janeiro

Greve.Com 40 dias letivos comprometidos, alternativa, disse secretária, é prolongar reposição até 2012
 Adesão à greve aumentou com mais 12 escolas afetadas pelo movimento
Publicado no Jornal OTEMPO em 18/08/2011
JOANA SUAREZ
FOTO: LEO FONTES
Empenho. Com experiência apenas no ensino fundamental, Clariza começou ontem a dar aula para o 3° ano na escola Maurício Murgel
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) admitiu ontem que a greve dos professores, iniciada no último dia 8 de junho, irá estender o ano letivo pelo menos até o dia 13 de janeiro de 2012. Em encontro com deputados estaduais, a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, afirmou que, devido à perda de 40 dias letivos (até ontem), será inevitável utilizar o mês de janeiro para fazer a reposição das aulas.

Em entrevista a O TEMPO, Ana Lúcia disse que a medida é uma alternativa para que os 336 mil alunos afetados pelo movimento não tenham o ano comprometido. "Não vamos deixar que os estudantes percam o ano letivo", garantiu a secretária.

Balanço divulgado ontem à noite pela SEE indicava que a adesão à paralisação aumentou com mais 12 instituições afetadas pela greve. Dos 3.777 colégios do Estado, 78 estão totalmente parados e 690, parcialmente prejudicados pelo movimento, segundo o órgão.

O governo autorizou que as escolas façam a designação de 2.502 profissionais. Com isso, o Estado espera agilizar o preenchimento das vagas dos grevistas. A assessoria da SEE informou que só terá um balanço das contratações na próxima semana. Levantamento divulgado na última sexta-feira pelo órgão indicava que apenas 356 professores haviam ocupado as vagas disponíveis. A medida visa atender aos alunos do 3º ano do ensino médio, que se preparam para o vestibular e irão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em outubro.

Ontem, algumas escolas retomaram às aulas com a chegada de profissionais substitutos. Na Maurício Murgel, no bairro Nova Suíça, região Oeste de Belo Horizonte, 11 professores foram designados para atuar nas sete turmas do 3º ano. "Vamos repor as aulas em todos os dias possíveis para amenizar a perda de conteúdo", afirmou a diretora Sônia Marinho.

Uma das contratadas foi a professora de português Clariza Eduardo de Souza, 34. Formada em letras, a experiência dela, até então, era com o ensino fundamental. "Já cheguei passando várias atividades. Não podemos perder tempo", disse.
Para a vaga de professor de sociologia, a escola não tinha candidatos até ontem. As demais disciplinas foram preenchidas. Segundo a diretora, como 70% dos 150 profissionais da unidade aderiram à greve, os alunos do 1º e 2º ano permaneciam sem aulas.

Fonte: O Tempo

Sindicatos em movimentos sociais de Minas fazem manifestação na Praça Sete

Ato reúne centenas de pessoas no Centro de Belo Horizonte


Fernanda Penna Borges
Cecilia Kruel - Estado de Minas
Publicação: 18/08/2011 12:39 Atualização: 18/08/2011 13:57
 

O Sindicato dos Metalúrgicos de Minas Gerais lançou  a campanha salarial 2011 com ato públicoem frente à sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) (Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
O Sindicato dos Metalúrgicos de Minas Gerais lançou a campanha salarial 2011 com ato públicoem frente à sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg)


Professores da rede estadual de ensino, sindicatos e movimentos sociais promovem uma manifestação no início da tarde desta quinta-feira na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte. Participam do ato o Sindicato Nacional dos Professores Docentes Universitários (ANDES-SN), Movimento Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTSTC), Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede), além de outras entidades estudantis e de trabalhadores.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) afirma que o objetivo é passar para a sociedade as reivindicações dos trabalhadores. “A proposta é dialogar com as pessoas que transitam pelo local, mostrando a elas que Minas Gerais não paga o Piso Federal', afirma nota divulgada pelo sindicato.

Em greve desde o dia 8 de junho, os professores pedem o cumprimento da Lei Federal 11.738, que institui o piso salarial profissional nacional (vencimento básico) de R$ 1.597,87, para 24 horas semanais, nível médio de escolaridade. Segundo o Sind-UTE, o piso salarial da categoria em Minas é de R$ 369. O governo do estado instituiu em janeiro deste ano o pagamento dos servidores por subsídio (Lei Estadual nº 18.975/2010), feito em parcela única e que incorpora todas as gratificações e vantagens.

O governo já começou a contratação dos 3 mil professores temporários, anunciada em 8 de agosto. Segundo a Secretaria de Estado de Educação (SEE), 2.502 vagas já foram preenchidas. Segundo a secretaria, os professores contratados atenderão especificamente o último ano do Ensino Médio para não prejudicar os resultados dos alunos nos vestibulares e no Nacional do Ensino Médio (Enem).

Metalúrgicos

O Sindicato dos Metalúrgicos de Minas Gerais lançou nesta quinta-feira a campanha salarial 2011 com ato público realizado no final da manhã, em frente à sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), no Centro da capital. Com o slogan “Se o Brasil cresceu, eu quero o meu”,  os sindicatos pretendem expor a disparidade entre as boas notícias sobre crescimento econômico e as más condições de trabalho e renda com as quais sofre o operariado industrial.

Os metalúrgicos reivindicam 20% de aumento dos salários, liberdade para eleição de delegados sindicais nas fábricas, redução da jornada de trabalho para de 40 h para 36 h, sem redução de  salários e direitos e sem banco de horas e ainda a melhoria das condições de saúde e segurança nas linhas de produção.

Segundo Giba Gomes, dirigente da Federação Sindical e Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais (FSDTM), a mobilização se faz necessária em razão dos baixos salários e, principalmente, da política do Governo Federal de aumentar os juros bancários, como forma de amortecimento da inflação. De acordo com Giba, essa medida gera a deterioração do orçamento das famílias, que aumentam o seu endividamento e, consequentemente, perdem em qualidade de vida.

Em seguida, os metalúrgicos caminharam até a Praça Sete, no Centro da capital, onde se uniram à campanha "Jornada Nacional de Lutas" junto com professores, estudantes, funcionários públicos e moradores de ocupações urbanas.

Fonte: Estado de Minas

Trabalhadores da educação e metalúrgicos protestam em BH

Movimento marcou o início da campanha salarial dos metalúrgicos.
Professores estaduais estão em greve há dois meses.

Do G1 MG

Trabalhadores de várias categorias profissionais fizeram um protesto no início da tarde desta quinta-feira (18), na Praça Sete, Centro de Belo Horizonte. O trânsito ficou parcialmente interditado no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas, mas foi liberado em seguida.
Participam do protesto trabalhadores da educação e integrantes do movimento estudantil, segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTe), além de metalúrgicos.
De acordo com o dirigente da Federação dos Metalúrgicos, Geraldo ‘Batata’, os sindicatos metalúrgicos em mais de 10 municípios de Minas estão lançando a campanha salarial unificada de 2011. Os trabalhadores reivindicam 20% de aumento dos salários, redução da jornada de trabalho para 36 horas sem redução do salário e sem banco de horas e melhora nas conduções de saúde e segurança, entre outros.
Os professores estaduais já estão em greve há mais de dois meses. Na terça-feira (16), a categoria fez um protesto no centro de Belo Horizonte. Eles pedem um piso salarial de R$ 1.597,87 para jornada de 24 horas e Ensino Médio de escolaridade. O valor defendido pelo Sind-UTE/MG segue cálculo feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação, com a correção do valor determinado como vencimento básico pelo Ministério da Educação (MEC).

O governo propõe para os profissionais com nível médio de escolaridade um salário de R$ 1.122 em parcela única. O valor é referente a uma carga horária de 24 horas semanais e, de acordo com a Secretaria de Estado de Educação, é proporcional à tava de vencimento básico definida pelo MEC. O órgão fixou o piso salarial nacional em R$ 1.187,97 para jornada de 40 horas semanais.
No dia 6 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a lei que criou o piso nacional de salário do professor, fixado em R$ 1.187,97 para este ano. A decisão considerou como piso a remuneração básica, sem acréscimos pagos de forma diversa pelos estados.

Fonte:  G1

Informativo Sindute Uberlândia



Dando voz a um professor grevista: Um desabafo!!

Susbtitutos dos grevistas não!!!! Canalhas!!!

Como se já não bastasse termos um governador fora da lei que não respeita o direito constitucional de greve, não respeita a lei federal do piso salarial, agora corremos o risco de sermos atacados por elementos da nossa própria categoria de professores, os ditos substitutos dos grevistas! Se eles acham que estão apenas buscando um emprego, que seja provisório, estão muito enganados!!! Pois eu quero ver se que aqueles (já que tenho dois  cargos) que vão querer me substituir terão a coragem de entrar na escola de cabeça erguida e encarar os alunos e os professores depois de estarem conscientes da dimensão dos seu simples ato de querer pegar umas “aulinhas”, neste momento tão delicado. Haja vista que se os companheiros, verdadeiros guerreiros, a mais de dois meses em greve, com seus pagamentos cortados, passando por situação financeira difícil, se enchendo de dívidas, ainda persistem em manter o movimento vivo, é porque tem consciência política, compromisso com a educação e estão lutando, por nada menos que o cumprimento de direitos que estão escritos em lei, para que possam ter o mínimo de dignidade na sua vida profissional.

Ser um professor substituto de grevista não é ser professor, é ser canalha!! É ser alguém com falta de caráter, é ser desleal, é descer ao nível mais baixo da imoralidade, rasgar o diploma, esquecer todas as aulas de ética e cidadania, é não ter conhecimento político, nem histórico, é ter descompromisso com a categoria, tornar a profissão de professor em um “bico”, ao se transformar em um oportunista que vê este momento tão cruel como uma chance de ganhar um dinheiro fácil oferecendo um serviço inferior, sem ter compromisso com os alunos e com a sociedade. É se tornar um abutre miserável, faminto e carniceiro que quer ser o primeiro a chegar e então poder comer o olho de um animal que ainda não morreu. Como pode alguém, que se diz professor, ter a falta de vergonha na cara, e agir como um morto de fome e trair toda uma categoria, a categoria a que ele pertence? Como pode alguém ajudar a destruir o seu próprio futuro, sua carreira docente??? Bem, isso seria na verdade apenas o início sórdido de uma carreira INDESCENTE!!!!

DESABAFO DE UM PROFEESSOR DE BIOLOGIA DA REDE ESTADUAL DE MINAS GERAIS
NILSON S. REIS
12/08/2011,  20:00 horas

Texto recebido via email.

O direito de resposta está garantido, caso haja algum professor substituto de grevista com interesse em apresentar seus argumentos, estarei no aguardo do contato. 

Greve dos professores municipais tem adesão de 92% da classe - Juiz de Fora

Greve dos professores municipais tem adesão de 92% da classe 
De acordo com o Sindicato dos Professores (Sinpro), a participação da categoria foi de 92%. Cerca de 49 mil alunos estão sem aulas.


De acordo com o Sindicato dos Professores (Sinpro), a participação da categoria foi de 92%. Cerca de 49 mil alunos estão sem aulas. 

Começou na última terça-feira (16) a greve dos professores da rede municipal de ensino. De acordo com o Sindicato dos Professores (Sinpro), a participação da categoria foi de 92%. Os sindicalistas buscam a adesão à Lei do Piso Nacional na cidade, que estabelece R$ 1.597,87 de salário, e um terço do horário de trabalho destinado à atividades extra-classe.
De acordo com a prefeitura de Juiz de Fora, o valor total do piso corresponde a uma jornada de trabalho de 40 horas, sendo necessária uma redução para atender o que acontece atualmente na cidade. A categoria discorda e afirma que o salário é o mesmo, independente das especificações locais.
Na próxima quinta-feira (18), uma assembleia acontece na escadaria da Câmara Municipal, às 14h, aproveitando a realização da audiência pública sobre o piso salarial nacional dos professores, marcada para as 15h.
Cerca de 49 mil alunos estão sem aulas.

Fonte: ECaderno.com

Estudantes protestam e pedem melhorias na educação na rede estadual - Belo Horizonte

PRISCILA COLEN/MÁBILA SOARES
 
Dezenas de estudantes da rede estadual de Minas Gerais participaram de uma manifestação nesta quarta-feira (17), na Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, em apoio aos educadores. O protesto ocorreu em apoio à greve dos professores. Além disso, os alunos pedem melhorias na educação estadual.

De acordo com a BHTrans, o trânsito não chegou a sofrer alterações na região central, uma vez que a adesão ao protesto foi menor do que era esperado. Os professores da rede estadual, que estão há 69 dias em greve, pedem a adoção do piso salarial nacional de R$ 1.597 para uma jornada de 24 horas semanais. O governo afirma que, com a criação do regime de subsídio, em janeiro, o menor salário pago em Minas é de R$ 1.122 para jornada de 24 horas semanais.

Na terça-feira (16), uma reunião entre representantes da Secretaria de Estado de Educação (SEE) de Minas e do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), para negociar o fim da greve, terminou sem acordo. Professores fizeram uma nova assembleia e decidiram permanecer de braços cruzados. Estudantes podem perder o ano letivo, já que para repor as aulas perdidas teriam que estudar todos os feriados, sábados e, inclusive, domingos do restante de 2011.

Uma nova reunião entre representantes dos professores e do governo deve ocorrer na próxima quarta-feira, dia 24 de agosto.

Fonte: O Tempo

Deputados pedem ao Governo de Minas que negocie com professores em greve

FOTO: LEO FONTES/O TEMPO
Categoria está em greve há mais de dois meses
Os deputados petistas da oposição ao governo de Minas, Rogério Correia e Paulo Lamac, juntamente com os da situação, Sebastião Costa (PPS) e Bosco (PT do B) se reuniram com a Secretária de Estado da Educação, Ana Lúcia Gazzola, nesta quarta-feira (17), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. A comissão de deputados pediu a flexibilidade do governo para a abertura de uma negociação definitiva com os professores, em greve há mais de dois meses.

Se a greve terminasse nesta quarta, a reposição dos 40 dias letivos só seria concluída na metade do mês de janeiro. “Estamos disponíveis para conversar com o governador; é preciso que o governo pondere a sua decisão, pois os professores já demonstraram flexibilização para negociar”, disse Rogério Correia. 

Nesta quinta-feira (18), às 19h, no Ministério Público Estadual, está marcada uma reunião dos parlamentares da oposição com o Procurador-Geral de Justiça, Dr. Alceu Marques, com a finalidade de buscar apoio para o fim do impasse da greve.

Fonte: O Tempo