Cerca de 300 profissionais da rede estadual de Educação estão acampados em frente à Assembleia Legislativa desde o dia 20
Eugênio Moraes
Pela manhã, entraram no local, com gritos de protestos
Os professores da rede estadual, em greve há 107 dias, interromperam, na manhã desta quinta-feira (21), na Assembleia Legislativa, quatro audiências públicas e uma reunião extraordinária. Houve tumulto
De acordo com a diretora do departamento jurídico do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Lecioni Pereira Pinto, o objetivo foi chamar a atenção para a greve, exigir o pagamento do piso e o reajuste salarial, além de vários benefícios para a categoria.
Cerca de 300 profissionais da rede estadual de Educação estão acampados em frente à casa desde terça-feira (20). Pela manhã, entraram no local, com gritos de protestos contra a posição do governo.
O Batalhão de Eventos da Polícia Militar chegou a ser chamado, mas não houve confronto. Dentro da Assembleia, os professores foram acompanhados por seguranças.
Seguranças da ALMG acompanharam o movimento dos grevistas da bancada das comissões (Foto Eugênio Moraes)
Em Plenário, a greve voltou a ser tema de debate entre parlamentares da oposição e do governo. O deputado Rogério Correia (PT) cobrou uma participação ativa dos parlamentares e da Assembleia Legislativa para pressionar o Governo do Estado a negociar com os grevistas.
Correia criticou a presença da tropa de choque da Polícia Militar na entrada da ALMG para controlar os professores acampados nas entradas da casa, afirmando que não é dessa forma que as coisas serão resolvidas.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) afirma que, somente nesta quinta-feira, 55 escolas estão de volta à rotina de aulas e atividades curriculares.
Ainda de acordo com a Secretaria, em cinco dias letivos, desde que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) considerou a greve abusiva, determinando a imediata suspensão da paralisação dos profissionais da Educação da rede estadual, o número de escolas totalmente paralisadas caiu 76%.
Na última quinta-feira (15), eram 45 escolas totalmente paradas. Na quarta (21), ainda de acordo com a SEE, este número chegou a 11 escolas, o que equivale a 0,29% do total de escolas da rede.
Os educadores continuam acampados na porta da Assembleia. Alguns educadores fazem greve de fome e afirmam que vão permanecer até que o governo apresente propostas que atendam aos pedidos da categoria. Os professores prometem protestos até a próxima reunião com o sindicato.
Fonte: Blog da Renata
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