Quem acompanha este blog certamente já percebeu que a maioria das publicações são oriundas de fontes de terceiros, imprensa e outros blog's na maior parte das vezes.
Esta opção se deu pelo simples motivo de ampliar-se o número de publicações já que usar de citações me ganha tempo mas hoje, sinceramente, precisei voltar a me posicionar.
Procurando informações interessantes a nossa classe e que pudessem servir como meio de instrução a qualquer profissional da educação, encontrei uma reportagem do jornal "O Tempo" na qual a secretária de estado e planejamento de MG - RENATA VILHENA - questiona o sindicato e argumenta em tom indignado afirmando que Minas Gerais já paga o piso, ou melhor, paga ao professor um valor 57,54% acima do piso.
Em 14/06 publiquei um texto intitulado "É preciso entender a desisão do STF sobre o Piso Nacional do Educador", conforme pode ser visto clicando no nome do texto citado. Nele o prof. Naldo (Francinaldo de Sousa Bezerra) esclarece de uma maneira simples e objetiva o significado do que é expresso na própria lei do piso.
No entanto, esse significado não parece estar claro ainda para os representantes de nosso governo e é importante que nós - enquanto componentes de nossa classe - não sejamos vitimados por essa interpretação equivocada, dissimulada e prejudicial ao servidor.
Para tanto deixo estão disponíveis os dois lados da moeda, o link acima no qual é possível entender precisamente os detalhes da lei do piso e abaixo uma cópia com a devida citação da fonte na qual Renata Vilhena apresenta o ponto de vista do atual governo.
Leiam, informem-se, reflitam...
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Questão de educação
Publicado no Jornal OTEMPO em 22/06/2011
RENATA VILHENA
Secretária de Estado de Planejamento e Gestão
Em seu boletim informativo deste mês, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) "orienta a categoria para que todos voltem à remuneração antiga, ou seja, que saiam imediatamente do subsídio".
Ao ler a frase acima, entendo que o Sind-UTE não participou do processo de instituição do subsídio como política remuneratória para as carreiras do grupo de atividades de educação básica do governo de Minas Gerais. Entretanto, na verdade, o sindicato foi colaborador direto desse processo!
Em 2010, professores estaduais iniciaram greve para reivindicar a implementação do piso salarial para a categoria. A paralisação teve fim após 48 dias, com a assinatura de acordo que estabeleceu um grupo de trabalho composto por integrantes do governo e do Sind-UTE, para viabilizar a alteração do padrão remuneratório da carreira da educação.
O estudo desenvolvido determinou que a remuneração por subsídio seria a melhor forma de eliminar as distorções salariais, pois incorpora vantagens permanentes. Com isso, tem-se um modelo mais transparente, sem cálculos confusos para definição do rendimento mensal.
Por esse histórico, é no mínimo surpreendente que, um ano após o trabalho que deu origem à lei que regulamenta o subsídio, o Sind-UTE volte a liderar movimento de greve contra algo que ele mesmo ajudou a construir.
A orientação do sindicato da categoria também é preocupante: dos cerca de 70 mil professores que optaram por não adotar o subsídio, 83,7% deles terão perda remuneratória. Pode-se dizer que eles estão sendo instruídos a perder dinheiro!
Outra reivindicação do sindicato é a necessidade de o governo de Minas pagar o piso salarial. Ocorre que, com o subsídio, o Estado já paga acima do piso. Segundo o MEC, o piso nacional é de R$ 1.187 para uma jornada de 40 horas semanais, o que representa R$ 712,20 para 24 horas.
Em Minas Gerais, o rendimento inicial de um professor de educação básica, no nível médio, para 24 horas semanais, é de RS 1.122, ou seja, 57,54% acima do piso.
Se não bastasse distorcer fatos - e, como consequência, prejudicar centenas de alunos que estão sem aula -, o Sind-UTE teve atitude reprovável após a greve de 2010. Pelo acordo assinado, o sindicato se comprometeu a orientar os professores quanto à reposição das horas-aula para manter o padrão de um ano letivo. Porém, ao fim do ano, 1,3 milhão de horas-aula não foram repostas.
Como cidadãos, é nosso dever trabalhar pelo bem da sociedade em que vivemos. Definitivamente, incitar greves injustificadas, orientar sua classe profissional de forma equivocada e descumprir compromissos não contribuem para o progresso coletivo. Cabe ao Sind-UTE, portanto, repensar suas atitudes, passando a colaborar de forma mais positiva com o sistema educacional de Minas Gerais.
Ao ler a frase acima, entendo que o Sind-UTE não participou do processo de instituição do subsídio como política remuneratória para as carreiras do grupo de atividades de educação básica do governo de Minas Gerais. Entretanto, na verdade, o sindicato foi colaborador direto desse processo!
Em 2010, professores estaduais iniciaram greve para reivindicar a implementação do piso salarial para a categoria. A paralisação teve fim após 48 dias, com a assinatura de acordo que estabeleceu um grupo de trabalho composto por integrantes do governo e do Sind-UTE, para viabilizar a alteração do padrão remuneratório da carreira da educação.
O estudo desenvolvido determinou que a remuneração por subsídio seria a melhor forma de eliminar as distorções salariais, pois incorpora vantagens permanentes. Com isso, tem-se um modelo mais transparente, sem cálculos confusos para definição do rendimento mensal.
Por esse histórico, é no mínimo surpreendente que, um ano após o trabalho que deu origem à lei que regulamenta o subsídio, o Sind-UTE volte a liderar movimento de greve contra algo que ele mesmo ajudou a construir.
A orientação do sindicato da categoria também é preocupante: dos cerca de 70 mil professores que optaram por não adotar o subsídio, 83,7% deles terão perda remuneratória. Pode-se dizer que eles estão sendo instruídos a perder dinheiro!
Outra reivindicação do sindicato é a necessidade de o governo de Minas pagar o piso salarial. Ocorre que, com o subsídio, o Estado já paga acima do piso. Segundo o MEC, o piso nacional é de R$ 1.187 para uma jornada de 40 horas semanais, o que representa R$ 712,20 para 24 horas.
Em Minas Gerais, o rendimento inicial de um professor de educação básica, no nível médio, para 24 horas semanais, é de RS 1.122, ou seja, 57,54% acima do piso.
Se não bastasse distorcer fatos - e, como consequência, prejudicar centenas de alunos que estão sem aula -, o Sind-UTE teve atitude reprovável após a greve de 2010. Pelo acordo assinado, o sindicato se comprometeu a orientar os professores quanto à reposição das horas-aula para manter o padrão de um ano letivo. Porém, ao fim do ano, 1,3 milhão de horas-aula não foram repostas.
Como cidadãos, é nosso dever trabalhar pelo bem da sociedade em que vivemos. Definitivamente, incitar greves injustificadas, orientar sua classe profissional de forma equivocada e descumprir compromissos não contribuem para o progresso coletivo. Cabe ao Sind-UTE, portanto, repensar suas atitudes, passando a colaborar de forma mais positiva com o sistema educacional de Minas Gerais.
Fonte: O Tempo
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