terça-feira, 11 de outubro de 2011

O piso, a passos lentos, sob a vigília na Cidade do Governador



Marcada para hoje, 10, a reunião da comissão tripartite - governo, sindicato e parlamentares -, era para se fazer acompanhar por uma vigília dos educadores. E assim aconteceu. Por volta das 14h, lá se encontravam cerca de quatro a cinco dezenas de valentes educadores, incansáveis lutadores da nossa categoria. Sabemos que muitos não puderam estar presentes por diversas razões, inclusive por falta de grana, já que estamos sem salário.

De Vespá, dois carros formaram o comboio rumo à Cidade Administrativa. Num deles, o comandante e mais dois colegas, Cláudia Luiza e Sô Geraldo; no outro, o tenente NDG Alex, um colega professor de Filosofia, cujo nome me esqueci agora, e eu - claro que eu não poderia ir no mesmo carro do comandante, por questão de segurança, óbvio. De São José da Lapa, um terceiro veículo tomou o mesmo destino do nosso. Do Morro Alto, pela proximidade, nosso núcleo duro daquele bairro foi à pé para o local. De BH, vários combativos colegas de Venda Nova, liderados por Graziela e pelo Aspirante NDG Igor se juntaram à caravana que lá se encontrava. De Santa Luzia e de outros bairros de BH também vieram combatentes. Por justiça, é importante que se diga: dois colegas marcaram presença desde 11 horas: o combativo André, que recebeu ali mesmo a patente de 1º sargento NDG, e um outro colega, cujo nome agora me esqueço.

O André carregava um instrumento sonoro que mais parecia uma dessas buzinas de trem de ferro ou navio ou caminhão, tal o tamanho avantajado. Dissera-me que dois policiais tentaram tomar o instrumento, mas ele se impôs: "alto lá, eu não estou utilizando o instrumento aqui e o carrego junto com nota fiscal e tudo mais. Se vocês tomarem meu instrumento, isso constitui uma apropriação indébita". Logo apareceu um sargento que aceitou os argumentos do André e ele pode transitar à vontade pelos pátios e áreas da Cidade Administrativa carregando tal instrumento. Depois de ouvir tal história, não poderia deixar, na condição de subcomandante, de imediatamente aumentar a patente dele para a de 1º sargento NDG.

Encontramos com o combativo "Carlinhos do Machado", outro que lá se encontrava desde o meio-dia. E assim foi chegando gente, um daqui, outro dali. Nosso comboio estacionou os carros no estacionamento reservado para visitas. Um local bem distante dos prédios Minas e Gerais. Deve ser para desanimar as visitas. Mas, logo descobrimos que algumas lotações que transitam ali por dentro cobram 0800. Juntamo-nos a mais duas combativas colegas que vieram de BH e rumamos para um daqueles prédios gigantes de formato sinuoso.

Não demorou muito e chegou o capitão Rômulo e a Liliane para se juntarem ao grupo. O Rômulo observou: acho que nem 100 mil pessoas conseguem encher esse local. No que eu completei: melhor seria se fizessem aqui cinco mil casas populares, com escolas e hospitais. Mas, as prioridades não são definidas pelos de baixo, enquanto esperarmos que os de cima decidam o que fazer com aquilo que produzimos e geramos de riquezas.

A Graziela assume o comando do grupo e diz: vamos lá para cima, em algum lugar desses prédios; sugeri que fôssemos para a porta do prédio onde ocorreria a reunião da comissão. Ela concordou e então fomos todos para a frente do prédio onde fica o governador, o heliporto, aquele do enorme vão livre, que é seguro por cima, por um monte de cabos de aço ou algo parecido. E nós ali embaixo, clamando aos céus para que aquele volume de concreto desafiasse as leis da física, não insistindo para descer, pelo menos enquanto ali estivéssemos.

Logo que aquele estranho grupo de algumas dezenas de educadores, uns de bermudão, outros de camisa preta, se aproxima do prédio do governador havia um pequeno número de policiais na entrada do edifício. Em seguida, rapidamente foram chegando outros policiais e pessoas da segurança. Eles não queriam que a gente ficasse ali naquele enorme vão livre. Primeiro um segurança tentou dialogar com a Graziela, mas ela argumentou que estávamos ali para participar de uma reunião com o governo, e que estamos há três meses sem salário. O chefe da segurança olhou assustado e disse que entendia as nossas razões, mas que ali não poderíamos ficar. Logo depois chegaram um major e um tenente da PM. O major se dirigiu a mim tentando argumentar que naquele espaço não poderia acontecer aquela aglomeração. De patente para patente, eu disse para ele:

- Major, estamos aqui reunidos pacificamente para aguardar o resultado de uma reunião com o governo que acontece neste instante, no andar de cima.

- Mas - disse-me ele - há um decreto que proíbe este tipo de reunião...

- Acima deste decreto - respondi - há a Constituição Federal, que faculta aos cidadãos o direito de se reunir pacificamente em qualquer local público...

- Mas, aqui não é um local público - respondeu ele..

Neste instante, um dos nossos atrevidos membros do NDG indagou:

- Uai, não é público não? Por acaso o governador já tomou posse desse lugar também?

O major respondeu educadamente:

- Não é isso, é que aqui é um lugar reservado, onde fica o governador, e por isso há certas normas de segurança...

Então, eu lhe disse:

- Pode ficar tranquilo, major, não vamos fazer barulho, nem quebrar nada, nem invadir o prédio. Queremos apenas aguardar o resultado de uma reunião que decidirá sobre as demandas dos educadores.

Mais uma vez ele foi educado e me disse (talvez reconhecendo a patente, é claro...): bom vocês já estão cientes de que aqui não podem ficar aglomerados. Claro que eu não vou pegar vocês e forçá-los a sair.

Em outras palavras: o major cumpriu o papel dele, de nos dizer que ali não poderíamos ficar. E nós cumprimos o nosso, de dizer que agradecíamos a cientificação, mas que ali permaneceríamos, tranquila e pacificamente.

E assim aconteceu: eles ficaram por lá, e nós também, ambos aglomerados, cada qual com a sua tropa.

Enquanto a reunião não terminava, ficamos ali batendo papo, trocando ideias, cada qual contando sobre as realidades nas suas respectivas escolas. Reencontrar a turma da luta é sempre um enorme prazer. Logo depois apareceu o chefe da tropa de choque da polícia e foi logo procurando o comandante João Martinho. Questão de patente, claro. Os dois ficaram num trololó danado. E acabou que os membros das duas tropas se misturaram em conversas, cada qual sabendo que ali se tratava de uma trégua relativa, e que numa próxima parada de rua estaríamos de novo em diferentes locais da trincheira. A menos, é claro, que eles não obedeçam as ordens dos chefes que mandam reprimir os educadores. Isso já aconteceu nas histórias das revoluções.

Logo em seguida, por volta das 17h, as representantes do sindicato na comissão tripartite - Beatriz, Marilda, Feliciana e Lecioni - desceram e se reuniram rapidamente com o nosso grupo, que fazia a vigília. Beatriz então fez um rápido relato das negociações. No geral, expressou que percebera algum avanço em relação à reunião anterior. Os informes, conforme foram passados mais cedo, são os seguintes:

1) o governo aceitaria o piso proporcional do MEC para janeiro de 2012, considerando o reajuste previsto na lei federal - isso enquanto princípio geral;

Indaguei para a coordenadora: e os percentuais da carreira, de nível e de grau (22% e 3%)? Ela respondeu que a questão não havia sido abordada, mas que, se o piso for implantado na carreira, sem alteração, estaria implícita a aplicação automática destes percentuais.

2) o sindicato defendeu o piso para todas as carreiras da Educação, contrapondo-se à proposta do governo, de piso apenas para professores e especialistas - o que deverá ser discutido mais profundamente na próxima reunião, do dia 17/10;

3) sobre as férias-prêmio, o governo continuava defendendo que era preciso primeiro repor, para depois usufrui-las; mas, ante à cobrança do sindicato daquele direito, o governo fará um estudo e o tema será discutido na próxima reunião;

4) e quanto ao pagamento dos salários, ante à intransigência do governo em não pagar antecipadamente a reposição, os deputados apresentaram a proposta de antecipar o 13º agora em outubro e de que em novembro fosse pago antecipadamente o corte feito em junho e julho. O governo ficou de consultar o Tribunal de Contas sobre tal possibilidade e dará a resposta no dia 17/10.

Nos demais pontos, como na exoneração dos diretores e vice-diretores, não houve mudança de posição por parte do governo. Em relação aos contratados, o governo garantiu que eles podem concorrer normalmente às novas designações, inclusive este ano, pelos critérios existentes, sem qualquer retaliação por terem participado da greve.

Foi perguntado sobre qual seria a posição dos colegas em relação à reposição das aulas? A resposta é que a posição do comando, que é a mesma tirada na assembleia da categoria, deve ser mantida, até a nova reunião do dia 17. Ou seja, como estamos em pleno recesso escolar, negociem com os alunos e pais de alunos o adiamento da reposição, caso possam fazê-lo. É importante ficar claro que estamos sem salário, e como tal não tem como repor, pois não temos dinheiro para o transporte, para a alimentação, etc. Além disso, manifestem por escrito perante a direção da escola que vocês desejam repor, mediante o pagamento do salário para garantir o transporte e a sobrevivência. Caso a escola indique um substituto para repor, comunique tal fato para o jurídico do sindicato, para que ele possa tomar as providências cabíveis.

Ali por perto na Cidade do Governador há uma lagoa. Cheguei até a pensar em sugerir aos colegas que organizassem uma pesca como meio de garantir a sobrevivência, até o pagamento do salário. Há um longo espaço para acampamento. o problema todo ali era certa vizinhança naqueles prédios... Seguramente espantaria os peixes. Mas, o que me deixou intrigado mesmo era saber o porquê daquela obra naquele local. Olhei em todas as direções e após alguns minutos pensando, conclui: só pode haver uma explicação.

- Qual era? - indagou-me um colega um tanto curioso. Então, disse-lhe:

- O Aeroporto, a proximidade do aeroporto. Uma boa rota de fuga.


Fonte: Blog do Euler

Reunião do Comando de Greve: deliberações e calendário de atividades

Convocado pelo Sind-UTE/MG, o Comando Estadual de Greve se reuniu neste sábado, dia 08/10, para avaliar a greve, a atuação da Comissão Tripartite, e as respostas do Governo do Estado às questões funcionais da categoria. Cerca de 300 representantes de todas as regiões do estado participaram da reunião.

O primeiro momento da reunião foi a apresentação das demandas e avaliações das regiões. Mesmo com forte pressão da Secretaria de Estado da Educação, a maioria das regiões aguarda a negociação do Sindicato e deliberação do Comando para iniciar a reposição da carga horária suspensa durante a greve.

Após o relato de cada região, a professora Rosa Pimentel realizou uma homenagem pelo aniversário de 45 anos da morte do líder Che Guevara.

Em seguida, José Celestino (Tino), apresentou as discussões da 13ª Plenária Nacional da CUT, realizada esta semana em São Paulo. Uma das principais questões foi o lançamento de uma campanha pelo fim do imposto sindical.

Logo após, a companheira Marilda de Abreu apresentou o calendário de mobilização da CNTE. Ela e o Abdon (o Bidu) receberam uma homenagem em função da greve de fome que fizeram durante a greve da categoria.

Durante 7 horas e 30 minutos, os presentes avaliaram a greve, o início dos trabalhos da comissão tripartite e os retornos que o governo apresentou nessa quinta-feira. Acompanhe as deliberações:


1) Piso Salarial Profissional Nacional


A direção do Sindicato apresentou ao Comando os seguintes parâmetros para negociação com o Governo do Estado a respeito do Piso Salarial:

Atualização da tabela com o reajuste previsto para 2012.


Uma vez que os impactos financeiros do Piso salarial serão a partir de 2012, o parâmetro de discussão não pode ser o valor do Piso vigente em 2011. Para discussão na Comissão Tripartite, as tabelas serão atualizadas de acordo com o reajuste anual previsto na Lei 11.738/11 para 2012.

Correção de distorções.

Nas tabelas elaboradas pelo Sind-UTE/MG e publicadas no Informa 48, aplicamos o Piso Salarial proporcional à jornada. Mas também é necessário considerar o valor do Piso corrigindo distorções como, por exemplo, entre o cargo de professor e o de especialista.

O recebimento de valores retroativos


De acordo com o Termo de Compromisso assinado entre o Sindicato e o Governo do Estado, os impactos financeiros do Piso Salarial serão a partir de 2012. Mas é necessário levar em consideração a diminuição de remuneração promovida pelo Governo este ano e ficar atento ao resultado do julgamento dos embargos de declaração, que definirá a vigência do Piso Salarial. Por isso, é necessário discutir o recebimento retroativo do Piso Salarial.

d) A Jornada do professor

O Estado de Minas Gerais não cumpre a Lei Federal 11.738/08 também no que se refere à jornada do professor. De acordo com a lei, no mínimo, 1/3 da jornada do professor deve ser para atividades fora da regência, o que não acontece na Rede Estadual atualmente.

É importante lembrar que o a discussão do Piso Salarial é para todos os cargos, de acordo com a Lei Federal 11.738/08 e o Sind-UTE/MG apresentará tabela para todas as carreiras da educação.

A reunião da Comissão Tripartite acontece nesta segunda-feira, dia 10/10, 15 horas, Gabinete do Secretário de Estado de Governo, Cidade Administrativa.


2) Resposta do governo às questões funcionais da categoria


O Comando avaliou que os retornos do Governo em relação às questões funcionais da categoria foram insuficientes.

Respeitando pais e alunos, a categoria quer realizar a reposição da carga horária não dada em função da greve. No entanto, a Secretaria de Estado da Educação tem dificultado isso. Ao ouvirmos os relatos de diferentes regiões do Estado, temos a percepção de que a Secretaria de Estado da Educação, longe de zelar pelo direito do aluno ou pela qualidade da educação, tem adotado um comportamento de “birra”, de não querer estabelecer diálogo e negociação. Isso porque não há fundamentação técnica ou jurídica nas respostas apresentadas pelo governo, o que transparece uma postura de intransigência da Secretaria de Educação.

O calendário de reposição foi formulado unilateralmente pela Secretaria desrespeitando pais, alunos e profissionais da educação. Ninguém foi ouvido.

Além disso, a Secretaria determinou a reposição durante o período de férias da categoria, o que pode acontecer somente diante de um acordo com o sindicato da categoria.

Uma vez que a greve foi suspensa, não se justifica a manutenção dos profissionais substitutos nas escolas, o que gerará despesas superiores a 10 milhões de reais. É necessário a organização do quadro da escola, com a imediata dispensa dos servidores substitutos.

A reivindicação do Sindicato de manutenção dos salários dos meses de agosto e setembro tem como justificativa o compromisso do Governo de não realizar punições com o fim da greve. É necessário que o Governo cumpra o que se comprometeu. Outra questão é que a manutenção do salário nos próximos dois meses é uma questão alimentar, de sobrevivência, além de ser essencial para que o trabalhador possa custear o transporte até escola. Vale lembrar que o Estado não fornece vale transporte ou cartão de transporte para o deslocamento do trabalhador em educação.

Por isso, a orientação aprovada pelo Comando é de que a categoria aguarde a negociação deste ponto para iniciar a reposição.


3) Categoria mobilizada

O sentimento na escola hoje é de indignação pelo comportamento cada vez mais arbitrário por parte da Secretaria de Estado da Educação.

A categoria continua mobilizada e em estado de greve acompanhando o desenrolar dos próximos momentos de negociação com o governo do Estado e será realizada nova reunião do Comando no dia 29/10.

Não está descartada nova greve ou não iniciar o ano letivo de 2012, caso o Governo não cumpra o compromisso assumido com a categoria.


Calendário de atividades


10/10 – Segunda-feira

Vigília da categoria durante a reunião da Comissão Tripartite

15 horas, Cidade Administrativa

20/10 – Mobilização durante atividade na Assembleia Legislativa

(aguardar orientações do sindicato)

26/10 – Quarta-feira

Paralisação Nacional

Participação na Marcha Nacional 10 mil por 10% do PIB em Brasília, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)

29/10 – Reunião do Comando Estadual de Greve

Avaliação do trabalho da Comissão Tripartite e encaminhamentos relacionados ao calendário de reposição e pagamento.


Atividades de Mobilização


1- Realização de uma campanha de solidariedade aos profissionais de educação que estão sem salário por meio de barracas e panfletagem em Praças Públicas.

2 - Participar da Etapa Final do Seminário Legislativo sobre Pobreza e desigualdade em Minas Gerais (24 a 26/10).

3 - Realização de um Seminário com os Movimentos Sociais para discussão sobre a situação da educação pública em Minas Gerais.

4 - Esclarecer à sociedade a real situação dos substitutos contratados durante a greve da categoria.

5 - Realizar um dia de Denúncia ao Ministério Público sobre a questão dos substitutos.


Fonte: Sindute MG

piada do dia: “governo de minas estuda antecipar 13º salário para professores grevistas”. na MG de aécio/anastasia, direito do trabalhador vira benesse

O Governo de Minas não cumpre a Lei do Piso salarial dos professores, não paga a reposição das aulas, não paga o prêmio por produtividade do funcionalismo e agora planta esta notícia nos jornais de MG para fazer papel de justo, como se esse direito do trabalhador fosse alguma dádiva dos céus oferecida por ele.

Reparem que os dois jornais noticiaram o engodo com a mesma manchete, optando por colocar o Governo de Minas como sujeito da ação e não o Sind-Ute/MG, autor da proposta de antecipação do direito.




Fonte:  Blog Histórias pra boi Acordar

entrevista de aécio neves no estadão: a ineficiência na gestão, o aparelhamento da máquina pública e o atraso que o ex-governador esconde

A imagem que Aécio Neves tenta construir dele mesmo é uma farsa que, repetida tantas vezes pelos meios de comunicação, pode acabar se tornando uma perigosa verdade na percepção do eleitorado brasileiro. Todo mundo conhece aquela história de que uma mentira repetida mil vezes vira uma verdade.

Preocupado em garantir seu lugar nas eleições de 2014, Aécio Neves agora está procurando os holofotes. Depois de umas e outras em Florianópolis, disse que estava pronto para enfrentar até o Papa nas próximas eleições. Numa entrevista ao jornalista Kennedy Alencar semana passada, na Rede TV, reafirmou que estava preparado para ser candidato a presidente. Embora os mineiros tenham se manifestado contra a ideia, hoje o Estadão publicou mais uma entrevista sua na qual ele declara “eu estarei pronto, seja Lula ou Dilma”.

O ex-governador de Minas Gerais, no primeiro ano de seu mandato como senador, não teve nada a declarar sobre seu trabalho legislativo. Aécio Neves tem dado mostras de que ou é muito incompetente e/ou está completamente inebriado pela realização de seu projeto pessoal de ser Presidente da República. Entontecido que está por esta ideia, fez declarações risíveis ao jornal.

A principal delas foi sobre uma improvável disputa com Lula em 2014. Ele afirmou que seria

“a disputa da gestão pública eficiente contra o aparelhamento da máquina pública; a disputa da política externa pragmática em favor do Brasil versus a política atrasada em favor dos amigos. Será o futuro versus o passado”.

Parece piada, mas Aécio Neves atribuiu a si uma “gestão pública eficiente” e se colocou como o “futuro”.

Vejamos quem é quem nesta história:

GESTÃO PÚBLICA EFICIENTE:


Durante a gestão de Aécio Neves, a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) comprou uma empresa falida – a Light - e hoje divide os enormes prejuízos causados por ela, como a onda de explosões de bueiros no Rio de Janeiro.

Na gestão de Aécio Neves, foram repassados R$ 74 milhões para as chamadas Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público). O dinheiro foi pago para que elas realizassem serviços que seriam obrigações da administração pública do Estado fazer. Ele privatizou a sua própria gestão.

Aécio Neves desviou R$ 3,3 bilhões que deveriam ser gastos em saneamento básico entre 2003 e 2008. O Ministério Público ajuizou ação para obrigar o Governo de Minas e a COPASA a devolver o dinheiro aos cofres públicos.

O Governo de Minas vai pagar 2.000% a mais pela área do entorno da Cidade Administrativa porque o governador Aécio Neves não desapropriou os terrenos antes que eles fossem valorizados.

Aécio Neves não conseguiu fazer com que as obras do Estádio do Independência custassem o que estava previsto no projeto original, R$ 12 milhões. Até agora, a previsão é que elas custem aos cofres públicos R$ 95 milhões, mas esse valor pode ser ainda maior.

As obras do Mineirão para a Copa 2014 também são exemplos da péssima gestão de Aécio Neves. O Tribunal de Contas do Estado concluiu que o então governador de Minas Gerais não promoveu licitação para as obras e pagou por serviços não executados causando um rombo de R$ 29 milhões aos cofres do Estado.

Enquanto era governador, Aécio Neves não previu no orçamento para 2011 o pagamento do piso nacional aos professores de MG. O piso nacional já era lei federal, mas ele não se importou. Resultado: os professores entraram numa greve histórica pelo cumprimento da lei, deixando os alunos sem aula durante mais de 3 meses.

Esses foram apenas alguns exemplos da enorme ineficiência da gestão do ex-governador Aécio Neves.

APARELHAMENTO DA MÁQUINA PÚBLICA (A “POLÍTICA ATRASADA A FAVOR DOS AMIGOS”)

Aécio Neves saiu do Governo de Minas, mas continou empregando seus aliados políticos em vários cargos da gestão de Anastasia com o intuito de garantir a fidelidade deles nas eleições de 2014. Vejamos alguns exemplos escandalosos dessa ingerência que transformou o governo Anastasia num verdadeiro cabide de empregos dos amigos de Aécio:

Além de ter garantido o espaço de seus aliados políticos na organização do secretariado de Anastasia, para o Conselho de Administração da Companhia de Gás de Minas Gerais foi nomeado um médico cardiologista que mora em Macapá! Ganhando R$ 6.616,00 mensais, João Bosco Papaléo Paes não compareceu nem na reunião em que foi nomeado! A única justificativa para esta nomeação é o fato de que o distinto conselheiro é ex-senador do PSDB do Amapá e estava sem emprego devido à derrota nas últimas eleições.

Para o Conselho da CEMIG, o Governo de Minas indicou o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, do PSDB, claro. Ele saiu do Mato Grosso para trabalhar no Rio de Janeiro numa empresa do Governo de Minas com um salário de R$ 9 mil. Questionado, nem Anastasia soube explicar essa indicação.

Mas enquanto ainda era governador, Aécio Neves também garantiu a “boquinha” de seus chegados no dinheiro do contribuinte mineiro. As obras de ampliação e modernização do Expominas, reinaugurado em 2006, foram confiadas pelo Governo Aécio Neves à mesma empresa que foi contratada sem licitação adequada para as obras do Mineirão, a Gustavo Penna Arquitetos. Gustavo Penna retribuiu o favorecimento do governador assinando o manifesto em apoio à sua candidatura nas últimas eleições.

Isso sem contar a nomeação de sua irmã, Andrea Neves para a presidência do Grupo Técnico de Comunicação Social do governo estadual, vinculado à Secretaria de Governo. Aliás, sua atuação no silenciamento da imprensa mineira garantiu a, digamos assim, “discrição” dos jornalistas diante dos inúmeros escândalos envolvendo Aécio Neves.

FUTURO

Aécio Neves quer se colocar como “futuro”, mas ele é parte de um clã que existe em Minas Gerais controlando terras e pessoas no sul do Estado desde o século XIX. A família Neves está para Minas Gerais assim como a família Sarney para o Maranhão.

O poder de Aécio Neves, portanto, é herança de um passado político extremamente atrasado e oligárquico que ninguém quer ver se repetindo no futuro.

Fonte:  Blog Histórias para Boi Acordar

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

situação em que aécio neves deixou a educação pública de MG é notícia em todo brasil

Com um dos piores salários, professora de MG trabalha 3 turnos
07 de outubro de 2011 • 09h55 • atualizado às 10h35


A professora Alice Gomes da Silva, 50 anos, dá aula em três turnos para garantir um salário melhor em Belo Horizonte (MG)
Foto: Ney Rubens/Especial para Terra
Ney RubensDireto de Belo Horizonte



O sinal da Escola Estadual Professora Maria Amélia Guimarães, que fica no bairro São Paulo, região nordeste de Belo Horizonte (MG), toca pontualmente às 13h todos os dias, marcando o início das aulas da tarde. Para a professora Alice Gomes da Silva, 50 anos, é apenas o início do segundo dos três turnos de trabalho que ela cumpre diariamente.

A professora conta que leciona em duas escolas da rede estadual de Educação de Minas Gerais. Há 23 anos ela dá aulas na Maria Amélia para alunos da 1ª a 5ª série. Já na Escola Estadual Professor Guilherme de Azevedo Alves, na mesma região, são 17 anos de dedicação, sendo que, atualmente, ela também é professora de Sociologia para o ensino médio.

Alice acorda às 5h30min da manhã para chegar à escola a tempo da primeira aula, que começa às 7h. Precisa caminhar cerca de 1 km, pegar um ônibus e caminhar mais um pouco. Ao final do primeiro turno, às 11h30, corre para casa, onde só tem tempo para esquentar e comer o almoço que já deixa preparado. Às 13h precisa estar na outra escola em que trabalha até as 17h15. Depois, segue direto para o terceiro turno na mesma escola em que começou o dia. Por volta de meia-noite, exausta, retorna para o lar.

“É complicado ter tempo para si mesmo”, contou Alice, que é solteira e não tem filhos. “Seria muito difícil (ter filhos). No dia-a-dia você tem que se envolver com a escola e tem que se atualizar sempre com noticiários, com assuntos novos. Sobra pouco tempo para você mesma”, diz. Quando perguntada em que momento ela descansava, teve que pensar bastante. A conclusão? Só nos domingos à tarde. “Isso se conseguir adiantar o trabalho no final de semana”, brinca.

A professora Alice comemora estar próxima da aposentaria, que ocorrerá no final de 2012. Ela começou a carreira no magistério aos 20 anos, depois de trabalhar em uma fábrica de costuras. “Eu tinha só ensino médio. Larguei a costura para tentar uma maior estabilidade como professora. Eu era nova, precisava do salário e tinha muita curiosidade com a profissão”, afirma.

Foram 10 anos lecionando para crianças de 1ª a 4ª série até que decidiu fazer uma graduação. Estudou por conta própria e passou no vestibular para Filosofia na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Depois, também fez pós-graduação em Ciência das Religiões para poder dar aulas de Ensino Religioso.

Com toda essa bagagem de estudos, Alice esperava que o salário melhorasse. Mas, de posse do contracheque, mostra: R$ 1.553,35 recebidos de uma escola e R$ 1.381,11 de outra. Tirando os R$ 898,80 de descontos, o salário final fica R$ 2.035,66 para uma carga diária de 12 horas e meia de trabalho. “Isso este mês, porque recebi vários benefícios por tempo de carreira. Na verdade, eu recebo sempre R$1.558, R$ 600 a menos”, afirma.

“Eu pago aluguel, mas é só R$ 200 porque a casa é de amigos e já moro há 12 anos por lá. Sou quase da família. Se fosse para pagar um aluguel fora não sairia por menos de R$ 400 e eu teria dificuldades.” A professora está de mudança para Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ela vibra com a casa própria, mas fez questão de frisar que só agora, com 30 anos de profissão, que conseguiu isso. “Mas vou pagar até perder de vista, por 30 anos. Vou pagar até morrer”, diz, sorrindo.

Agora, Alice espera que o salário de aposentada seja bom para poder descansar com tranquilidade. “Queria chegar ao final de 2012 com a minha casa própria, podendo ler mais e com tempo para poder viajar”, explicou. O plano para quando deixar as salas de aulas é voltar às origens. “Quero montar um atelier de costura, que é algo que eu gosto muito de fazer”, projeta.

Violência e medo
Na última semana, um aluno foi baleado na porta da Escola Estadual Professora Maria Amélia Guimarães. Localizada em uma região violenta, esta não foi a primeira vez que problemas desse tipo chegaram até a escola. Porém, o caso “mexeu” com Alice, pois o garoto baleado havia sido aluno dela.

Ao contar a história, ela muda a expressão brincalhona para uma mais séria e triste. “A sensação para o professor é muito ruim. É como… eu nem consigo explicar direito. É como se eu não tivesse conseguido mostrar nada de bom para ele, como se eu não conseguisse indicar um caminho. É deprimente esse sentimento”, diz.

Segundo a professora, muita coisa precisa ser resolvida na educação e o problema não está apenas nas escolas. Alice acredita que é necessário identificar as especificidades de cada lugar e de cada aluno, que precisa de mais gente para trabalhar e mais gente especializada em lidar com pessoas, como psicólogos. “Aqui na escola, por exemplo, temos casos de alunos que viram o pai morrer a tiros. A gente precisa saber lidar com isso”, argumenta.

Para ela, a responsabilidade de educar a criança cai, muitas vezes, sobre a escola porque a instituição familiar se apresenta muito debilitada. “O abandono das crianças é muito grande. Falta comida, habitação, saúde, um núcleo familiar. A auto-estima delas é tão baixa que às vezes são levadas para o lado do crime muito facilmente”, relata.

Quando perguntada sobre o que é o melhor da profissão, ela teve de parar um pouco para pensar. Depois de um tempo, responde: “A esperança. O professor faz com que as pessoas tenham mais conhecimento. Eu acredito no ser humano, que ele pode ser uma pessoa boa. No mundo de hoje, em que as pessoas viraram coisas no meio de outras coisas, poder dar esperança para essas crianças é fundamental. A esperança é uma sementinha que precisa ser plantada em todo mundo”, conclui.

Alice acredita que a educação é primordial para o ser humano e que precisa ser valorizada. Segundo ela, a greve dos professores, que durou 112 dias no Estado, mostrou o descanso do governo para essa área. “O suporte para o professor é precário e a gente precisa fazer tudo por amor. O professor é um idealista. Está muito difícil dar aulas”, desabafa.
Mapa do Piso dos Professores

Com a recente ratificação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da Lei 11.738/2008, que institui o piso salarial nacional dos profissionais do magistério público da educação básica, os governos precisam cumprir com o pagamento mínimo de R$ 1.187 para professores que têm uma jornada de 40 horas semanais. O Terra levantou com as secretarias de Educação os valores pagos em cada Estado e no Distrito Federal e, nos seis que ainda não pagam o piso, questionou o que pretendem fazer para se enquadrar à legislação. Confira quanto ganham os professores estaduais no País.



Minas Gerais

R$ 369 (24h)

Situação: para estar dentro da lei, o salário-base do professor de nível médio deve ser, no mínimo, R$ 712,20 para a jornada de 24h. MG, portanto, paga abaixo do piso. Faltam R$ 343,20 para atingi-lo

Como atingir o piso:
No começo deste ano, o Estado criou um sistema facultativo que engloba subsídios ao vencimento básico e, desta forma, o salário dos professores que optaram por ele subiu para R$ 1.122 na carga horária de 24 horas semanais.

Em setembro, após 112 dias de greve, os docentes firmaram acordo com o governo para negociar a regulamentação do piso (valor desvinculado dos benefícios) e a repercussão do aumento salarial nos planos de carreira. Porém, os reajustes começariam a ser pagos somente a partir de janeiro de 2012

Fonte: Blog Historias pra Boi Acordar

domingo, 9 de outubro de 2011

Sind-UTE/MG reúne Comando Estadual de Greve e avalia posição do governo do Estado

Conforme encaminhamento da reunião da Comissão Tripartite realizada no dia 03/10/11, o Governo do Estado apresentou ao Sind-UTE/MG retorno relacionado às questões funcionais e manutenção do pagamento. Recebemos a resposta escrita no dia 06/10/11, às 18h20.

No entanto, este retorno não atendeu às questões apresentadas pelo Sindicato e o Governo mantém o corte de salário e a suspensão de direitos tais como as férias-prêmio. Vale ressaltar que o Governo não apresentou fundamentação técnica ou jurídica para o seu posicionamento.

Após este retorno, durante a manhã desta sexta-feira, dia 07/10/11, a direção do Sind-UTE/MG procurou o Governo do Estado na tentativa de ter novo retorno para o Comando Estadual de Greve. No entanto, não conseguimos novo posicionamento e estas questões serão discutidas na reunião da Comissão Tripartite que será realizada no dia 10/10/11.

É importante que a categoria mantenha a posição definida em Assembleia de não realizar a reposição até a negociação.

Diante deste quadro, é fundamental que as subsedes e os comandos locais de greve invistam na participação do Comando Estadual de Greve que será realizado neste sábado, dia 08 de outubro, às 13h, no auditório do CREA/MG, à Av. Álvares Cabral, 1600, Santo Agostinho, em Belo Horizonte. O Comando será aberto à participação da categoria e será um importante momento para avaliação e definição de estratégias.

As subsedes têm autonomia para organização da participação das regiões e a nossa orientação é a de que possibilitem a maior participação possível. O direito de voz é garantido a todos que participarem e o direito de voto é restrito aos representantes do Comando Estadual de Greve.

Fonte: Sindute MG

Notícia Letal

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Comissão Tripartite inicia trabalhos - Sind-UTE/MG cobra agilidade nas discussões

A Comissão tripartite realizou a segunda reunião nesta segunda-feira, dia 03/10. Participaram além do Sind-UTE/MG, os oito deputados estaduais e o Governo do Estado, por meio dos secretários de Estado de Governo Danilo de Castro, de Planejamento e Gestão Renata Vilhena, de Educação Ana Lúcia Gazola e Adjunto da Casa Civil Flávio Henrique Unes.

As discussões foram feitas conforme a pauta já apresentada na reunião do dia 30/09. No que se refere ao pagamento da categoria, o sindicato reivindicou a suspensão do corte dos salários de agosto (recebido em outubro) e setembro (recebido em novembro), o pagamento em folha complementar dos salários de junho e julho. A partir daí, será discutido o calendário de reposição.

“A posição anunciada pelo Governo de que fará o pagamento mediante a reposição não é possível, uma vez que não é aceitável a categoria ficar os dois próximos meses sem salário”, disse a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG Beatriz Cerqueira. Segundo ela, as orientações e resoluções a respeito da reposição foram encaminhadas de forma unilateral pela Secretaria de Estado da Educação, desrespeitando os profissionais da educação e comunidade escolar.

Ainda no que se refere as punições, o sindicato reiterou a necessidade de suspensão da proibição do gozo de férias-prêmio. De acordo com a Secretaria de Educação, somente após a reposição da carga horária da greve, o servidor poderia requerer o seu direito de férias-prêmio. Esta postura, no entanto, corresponde a um mecanismo de punição. O período correspondente a aquisição de férias-prêmio não é o do período da greve e por isso não tem relação com o direito de greve.

Outro aspecto abordado pelo sindicato foi a proibição dos servidores que participaram da greve de concorrer a designação, conforme proibição prevista na Resolução 1.935/11. De acordo com a direção do Sind-UTE/MG, não se pode punir com a proibição de concorrer à designação o servidor que tenha participado da greve. O sindicato solicita a modificação da orientação de transformação da falta greve em falta comum.

Além disso, relata que as orientações da Secretaria de Educação de obrigatoriedade de repor mesmo sem ter feito a greve e proibição de reposição para determinadas situações funcionais precisa ser modificada. A ausência do trabalho por motivo de greve não é uma ausência injustificada e, por isso não pode ser transformada em falta comum na hipótese do servidor não comparecer ao dia de reposição, que não foi negociada com a categoria.

Em relação as direções de escola, o sindicato reiterou a reivindicação de que as dispensas e exonerações fossem revertidas, e questionou a data da posse das direções de escola. De acordo com a Secretária de Estado da Educação, a secretaria ainda não tem data.

Em relação a todas estas demandas, o Governo apresentará retorno até esta quinta-feira, dia 06/10.

A questão salarial será discutida na próxima reunião da Comissão que está marcada para o dia 10 de outubro, às 15 horas.

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, cobrou mais agilidade nos trabalhos. “É necessário que esta comissão seja mais ágil nas discussões, para que possamos fazer toda avaliação de forma mais dinamizada, porque é fundamental que a Lei Federal 11.738/08, que regulamenta o Piso Salarial, comece a ser cumprida em Minas Gerais”, destacou.

A greve foi suspensa em 28 de setembro, após 112 dias de greve. Porém, a categoria permanece em estado de greve e acompanha o andamento dos trabalhos da Comissão Tripartite.

Reunião - Vale ressaltar que neste sábado (8/10), o Comando Estadual de Greve se reúne para avaliar o movimento e o andamento dos trabalhos da comissão.

Fonte: Sindute MG

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Breve avaliação do dia 27 de setembro de 2011

112 dias de greve.
197 horas de greve de fome.
Ao se fazer uma avaliação no calor dos acontecimentos, corremos o risco de sermos mais emotivos e menos racionais. Mas a ausência de espaços e momentos de avaliações contribuem para perdermos o caminho.
Sou da teoria de que recuar jamais, mesmo que seja para tomar impulso. Mas um movimento coletivo não é feito de características pessoais ou fogueira das vaidades. Deve ser pensado à luz de todos os fatores. A greve também não pode se tranformar num espaço de disputa para impor derrota ao outro, mas para a conquista de direitos.
A suspensão da greve, decidida em assembleia na noite do dia 27/09, não foi por uma concordância de que a proposta do governo nos contemplaria plenamente tão pouco significará a pacificação da categoria.
Iniciamos esta greve pelo pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional. O governo ficou por mais de 90 dias insistindo e investindo no subsídio como forma de remuneração. Quando finalmente apresentou um valor de vencimento básico, desconsiderou a carreira colocando um valor que não levava em conta a formação e o tempo de serviço.
Nesta terça-feira, conseguirmos uma negociação do Estado através da Assembleia Legislativa.
Nesta negociação conseguimos: o reconhecimento do Piso Salarial na carreira, o Piso Salarial na carreira da educação (e não apenas para professor, conforme anunciado pelo governo), a suspensão da tramitação do projeto de lei 2.355. O Piso Salarial na carreira significa aplicá-lo na tabela de vencimento básico considerando os percentuais existentes (22% entre os níveis e 3% entre os graus). O reposicionamento da categoria nesta tabela (que está publicada no Informa 48 do sindicato) será objeto de definição por uma comissão com participação dos deputados estaduais, Governo e categoria, com impacto financeiro entre 2012 e 2015. O que nós não conseguimos avançar foi nos critérios deste reposicionamento. Mesmo porque o sindicato defende que tem que ser imediato e automático.
A comissão incia os trabalhos nesta quinta-feira, dia 29/09.
Quanto ao pagamento e reposição, estes assuntos serão objetos desta primeira reunião.
Por isso aprovamos que a categoria aguarde esta reunião para qualquer discussão de reposição.
As exonerações e sindicâncias anunciadas contra os servidores designados foram suspensas.
Porque a greve foi suspensa? Porque conseguimos uma negociação e o reconhecimento do Piso Salarial na carreira. Foi à luz disto, somada à nossa dificuldade de reverter as decisões judiciais, o que fragilizava a situação de cada trabalhador que recuamos.
Pelo meu desejo, a greve continuava. Mas um movimento coletivo não é feito pelo desejo individual e saimos desta greve com o que fomos buscar: com o Piso Salarial.
Fica tudo resolvido? Não. Conhecemos este governo e sabemos que tudo que quisermos será através de pressão e luta. Por isso continuamos em estado de greve e o Comando de Greve se reunirá no dia 08/10 para avaliar a greve e o andamento dos trabalhos desta comissão.
A interlocução do Secretário de Estado de Governo (foi ele que assinou o Termo de Compromisso) foi importante. Este papel caberia à Secretaria de Estado da Educação mas quis assumir outro papel nesta greve.
Recuar dói. Mas é preciso reconhecer que avançamos. Muitos colegas não acreditaram que conseguiríamos uma negociação do Piso Salarial.
Aguardo as avaliações dos/as colegas.
 

ALMG abre negociação com professores

Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais

ALMG abre negociação com professores
A definição dos pontos a serem negociados pelo Governo do Estado com os professores, que permaneceram em greve por 112 dias, começou a se delinear nesta quinta-feira (29/9/11). Em reunião na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com a presença do presidente da Casa, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), foi formalizada a comissão de parlamentares e do sindicato da categoria que irá dialogar com o governo. A primeira ação será o encaminhamento de uma pauta de reivindicações em reunião agendada para a próxima segunda-feira (3/10), às 15 horas, na ALMG.
O principal ponto a ser encaminhado ao governo será o reescalonamento da carreira dos professores e outras carreiras do magistério, segundo o coordenador recém-escolhido da comissão, deputado Antônio Júlio (PMDB). Ele informou ainda sobre outros pontos, como a discussão e alterações no Projeto de Lei (PL) 2.355/11, que trata do vencimento e carreira do magistério; o pagamento dos dias parados e o calendário de reposição das aulas. Na avaliação de Antônio Júlio, já expressa ao governador Antonio Anastasia, segundo ele, a questão dos professores mineiros "não é mais um assunto de governo, mas de Estado".
O deputado Dinis Pinheiro destacou que a reunião foi um momento histórico e de patriotismo e "que o clima de desprendimento de todos vai levar a um desfecho que encontre a convergência entre todos os interesses". O presidente desejou equilíbrio para a comissão na busca da conciliação.
A comissão é formada ainda pelos deputados Rogério Correia e Pompílio Canavez, ambos do PT, Adalclever Lopes (PMDB), João Leite (PSDB), Duarte Bechir (PMN), Cássio Soares (PRTB) e Sebastião Costa (PPS). Pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), fazem parte a coordenadora-geral, Beatriz Cerqueira, além de Feliciana Saldanha, Marilda Araújo e Lecioni Pereira Pinto.
A reunião contou ainda com a presença do líder do governo na ALMG, deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB), que recebeu o documento do sindicato e passou a negociação para a comissão, "como forma de manter a liberdade dos trabalhos e de mostrar que a comissão será completamente independente em suas decisões". Também esteve presente o deputado Ivair Nogueira (PMDB), que representou seu colega de partido, Adalclever Lopes.
Segundo a coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, há pontos que se destacam na negociação, como o pagamento do piso em toda a carreira, o pagamento dos dias parados e a anulação das punições, como demissão de designados e de ocupantes de cargos comissionados, entre eles diretores e vice-diretores de escolas. Segundo ela, "não é possível ser punido por exercer um direito constitucional, que é a greve".
PL 2.355/11 - O projeto estabelece que o vencimento básico dos servidores da educação não poderá ser inferior ao piso salarial nacional da categoria. Para uma jornada de trabalho de 24 horas semanais, esse valor mínimo é de R$ 712,78, para professores com nível médio de ensino. O projeto mantém dois sistemas de remuneração para os servidores: por vencimento básico, que tem assegurado o pagamento do piso conforme determinou o Supremo Tribunal Federal, e por subsídio, no qual o servidor abre mão de quinquênios e gratificações.
Para aqueles que optarem pela remuneração por subsídio, é garantido reajuste salarial de 5%. O PL 2.355 também garante a esses servidores reposicionamento na carreira conforme o tempo de serviço. Esse novo posicionamento considerará não apenas o vencimento do servidor, mas também o tempo de efetivo exercício no cargo, e será feito de forma escalonada, de 2012 a 2015.
A crítica do SindUTE, entre outros pontos, é de que o projeto acaba com a carreira, ao eliminar a tabela com seus seis níveis e letras. Segundo Antônio Júlio, o projeto agora poderá ser discutido pelos deputados, com a possibilidade de apresentação de emendas ou substitutivos.


Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br

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Fonte: ALMG

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Professores vão receber dias sem aula durante reposição, diz governo

Antonio Anastasia comentou nesta quarta-feira (28) sobre o fim da greve.
Comissão vai discutir melhoria do projeto de reajuste salarial.


Pedro Triginelli Do G1 MG
O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, falou nesta quarta-feira (28) sobre o término da greve dos professores da rede estadual, a negociação com a categoria e a reposição dos dias letivos perdidos. Segundo Anastasia, os professores que estavam sem trabalhar vão receber pelos dias parados à medida que o calendário for cumprido. "O pagamento só se dará após as aulas, mês a mês, e haverá um acompanhamento da Secretaria de Educação de uma maneira muito firme", disse. A medida, destacou Anastasia, é para que a reposição aconteça integralmente. A declaração foi dada durante coletiva na Cidade Administrativa convocada pelo governador. Ainda segundo o Anastasia, algumas escolas já iniciaram a reposição das aulas. Nas unidades de ensino em que a greve teve adesão total, o calendário letivo de 2011 vai ser fechado em março de 2012.
Governador Antonio Anastasia entre os secretários de Estado Danilo de Castro, Ana Lúcia Gazzolla e Renata Vilhena. (Foto: Pedro Triginelli/G1)

O fim da greve foi anunciado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute) na noite desta terça-feira (27) e os professores vão voltar às salas de aula nesta quinta-feira (29). A negociação salarial continua e uma comissão com representantes do governo, da categoria e deputados vai ser criada para discutir melhorias no Projeto de Lei 2.355/11, que fixa o piso salarial em R$ 712,20 para uma jornada de 24 horas semanais.

Sobre o projeto de proposição do governo, Anastasia afirmou que ele está fora da pauta de votação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) até que a comissão discuta melhorias. Segundo o governador, desde que o projeto foi proposto, já havia abertura para negociação mas a categoria optou por manter a greve. "Vamos discutir isso [melhorias no projeto] na comissão dentro dos limites do estado", disse.

A paralisação resultou em exonerações. Segundo Anastasia, dois diretores e 30 vice-diretores que ocupavam cargos de confiança e comissionados foram exonerados por aderiram à greve.

Anúncio do fim da greve
Os professores da rede estadual de ensino decidiram suspender a greve da categoria durante reunião na noite desta terça-feira (27), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhos em Educação em Minas Gerais (Sind-UTE/MG), a categoria volta ao trabalho nesta quinta-feira (27), e as aulas nas escolas estaduais se normalizam ainda nesta semana.

Ainda segundo o Sind-UTE, a categoria segue em estado de greve e em outubro será feita uma assembleia para avaliação das negociações. A decisão dos trabalhadores foi tomada após uma reunião realizada na tarde desta terça-feira, na Cidade Administrativa, entre o secretário de estado do governo, Danilo de Castro, e deputados.

No encontro foram apresentadas algumas propostas aos professores grevistas. A Secretaria de Estado de Educação disse que as proposições já haviam sido feitas anteriormente.

Entre as propostas estão a criação de uma comissão para negociação salarial, formada por representantes do governo, deputados e sindicato; a reversão de algumas punições impostas a categoria decorrentes da greve; e a suspensão do Projeto de Lei 2.355/11, que prevê mudanças na política salarial dos servidores da educação do estado.

A secretária de Educação, Ana Lúcia Gazzola, disse ao G1 que o ano letivo vai ser cumprido em todas as escolas de “forma correta”, ou seja, como prevê a lei. A greve dos professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais durou 112 dias.

Fonte:  G1

Educadores suspendem a maior greve da história de Minas (Trecho do original)

Após 112 dias de uma heroica greve, educadores suspendem a maior greve da História de Minas. Governo reconhece o direito ao piso na carreira e faz proposta de pagamento escalonado, entre 2012 e 2015. Detalhes serão negociados por uma comissão formada por sindicato, deputados e governo. Designados não serão demitidos. Houve pequenos avanços em relação ao que era admitido pelo governo, mas ainda não é aquilo que defendemos. Mas, a categoria em assembleia, analisando o desgaste de manter a greve por mais tempo, e com o risco de demissão dos designados - e considerando que o governo se comprometeu a retirar o projeto de lei que acabaria com a carreira dos educadores -, aprovou, por maioria, a proposta do governo.

Foi um dia de luta e de negociações. Quando chego na ALMG, qual era o cenário? De um lado, uma dezena de barracas, onde nossos bravos guerreiros passaram toda a semana em vigília. Na entrada daquela Casa, os colegas Marilda e Abdon, em greve de fome desde o dia 19. No plenário principal, cerca de 30 educadores acorrentados desde o dia 26 à tarde. E no pátio da ALMG, milhares de educadores e apoiadores, à espera do início da assembleia da categoria. E finalmente, a direção do sindicato reunia-se com deputados que estabeleceram negociações com o governo.

Uma reunião demorada, que levou toda a tarde. Somente no final da tarde é que tivemos a informação que a comissão do sindicato estaria a caminho para trazer uma proposta do governo.

Mais cedo um pouco eu andei pelo pátio e conversei com bravos guerreiros e guerreiras de todas as regiões. As informações que eu recebia, pelo menos a maioria delas, não eram muito animadoras: boa parte da categoria em greve, após a decisão do TJMG e do STF pela abusividade da greve, somando-se às ameaças de demissão pelo governo, estaria retornando ao trabalho. Mas, era possível dizer que o NDG ainda estava lá, firme e disposto a manter a greve.

É preciso aqui reconhecer que uma parte muito expressiva da nossa categoria, que permaneceu em sala de aula, não teve uma compreensão da importância da nossa luta, e com isso acabou contribuindo para as investidas do governo.

Durante 112 dias, ouvimos do governo que sua prioridade absoluta era o subsídio, que o piso estava em extinção, e quando foi obrigado a dar alguma prova de que pagava o piso, enviou aquele projeto de lei que iguala os 712,00 para todos.

A expectativa da categoria em assembleia era a de que o governo apresentasse alguma proposta decente. Afinal, se estávamos desgastados, o governo estava pressionado. Mas, mesmo assim, era um expectativa que imediatamente se transfigurava em descrença de que o governo pudesse apresentar qualquer coisa.

Logo que chegou da reunião com uma comissão dos deputados, que por sua vez estiveram com o governo, a coordenadora do sindicato leu a proposta do governo para os trabalhadores em assembleia.

Antes, porém, fiel à descrição do cenário da assembleia, é preciso registrar a presença de valorosos apoiadores, que chegaram em colunas durante à tarde: estudantes, sem-terra, e trabalhadores de várias categorias, promovendo uma bonita confraternização entre os de baixo. A nossa greve conseguiu construir uma importante unidade de vários movimentos e grupos sociais e políticos, que precisa ser preservada e aprofundada.

A proposta do governo era mais ou menos a seguinte: o governo reconhecia o nosso direito ao piso na carreira. O que não deixou de ser um avanço, já que até então isso não acontecera. Mas, ao invés de pagar o piso imediatamente, como defendemos, o governo se comprometia a pagar o piso na carreira de forma escalonada, entre 2012 e 2015. Nisso o governo seguiu a mesma lógica que adotou com as polícias militar e civil e Corpo de Bombeiros, e também com o subsídio.

Para discutir e negociar os detalhes da aplicação do piso na carreira seria formada uma comissão, composta por membros do sindicato, deputados e o governo. Essa comissão realizaria a primeira reunião já na quinta-feira.

O sindicato teria conseguido incluir, entre os pontos citados, a não demissão dos designados, o que fora aceito pelo governo. De acordo com o governo, cerca de 250 designados seriam demitidos nesta quarta-feira. A aceitação da proposta do governo pela categoria suspenderia essas demissões.

O sindicato teria solicitado ainda a inclusão de dois itens, que até o momento não foram aceitos pelo governo, mas que poderão fazer parte da negociação com a citada comissão: o pagamento de salário, em outubro de 2011, para os grevistas; além da anistia total em relação aos 112 dias de greve.

Em suma, o governo reconhece o direito ao piso, aceita não destruir a carreira, mas adia o pagamento do piso, o que se daria de forma escalonada.

Claro que a proposta não atendia àquilo que buscávamos. Mas, naquele momento, percebia-se que o que estava em jogo ali era uma análise da nossa capacidade de resistir mais uma, duas, ou três semanas, sem salário, com os designados ameaçados ou demitidos, e a greve enfrentando um momento de refluxo em função das decisões do TJMG e do STF e de outras pressões.

Seria possível manter a greve com o núcleo duríssimo da greve? Sim, seria possível. Mas, isso poderia levar a um desgaste desnecessário, sem perspectiva de vitória a curto prazo. Nosso maior problema, naquele instante, não era tanto em relação ao governo e sua máquina, mas em relação à nossa própria categoria. Parte expressiva dela não aderiu à greve desde o começo. Uma outra parte aderiu depois. Mas, nos últimos dias, boa parcela dos colegas em greve começaram a retornar, por conta das decisões judiciais citadas, e das pressões de alguns diretores de escola, dos substitutos e também por conta da fragilidade política, ficando à mercê das propagandas do governo.

O comando Estadual de greve, do qual participei, avaliou que era o momento de propor para a assembleia a suspensão da greve. Uma espécie de recuo estratégico, que acontece nas lutas sociais. Quando não se tem força para vencer um inimigo poderoso numa batalha, busca-se recuar, acumular força, para depois golpeá-lo.

Então eu vejo a decisão tomada pela categoria em assembleia nem tanto como uma aceitação da proposta do governo, mas como o reconhecimento da nossa impossibilidade de continuar em greve por um tempo maior. Continuar não apenas por continuar, mas com força suficiente para impor uma derrota ao inimigo. Se a greve se esvaziasse por si, sem uma retirada coletiva e deliberada em assembleia, o desgaste da categoria seria maior. Ao contrário, a suspensão da greve de forma organizada, com um compromisso de negociação com o governo em andamento, propiciaria uma retomada da luta com mais vigor, se necessário for.

Pude perceber que muita gente não concordou com a decisão tomada. Temos que respeitar essa posição. Mas, devemos fazer um esforço para manter a nossa unidade e entender a nossa luta como um processo que não para. Numericamente, algo em torno de 25% da assembleia queria continuar a greve. Mas, a grande maioria votou em favor da suspensão com esta compreensão que eu procurei explicar. Mas, de maneira alguma se abriu mão do piso. Até porque nós temos elementos que nos favorecem para um período próximo. Vejam:

a) em janeiro haverá novo reajuste no valor do piso, que é determinado pelo MEC e que terá que ser aplicado automaticamente pelos estados e municípios;


b) em 2012, Minas passa a receber verba extra de R$ 1,2 bilhão para o FUNDEB, e com isso poderá requisitar a respectiva complementação dos recursos pela União - o que abre a possibilidade para pressionar o governo a pagar o piso integral em 2012;


c) em breve, o acórdão do STF terá transitado em julgado, com as definições precisas acerca do cumprimento da Lei do Piso.

Logo, podemos dizer que a greve fora suspensa, mas a luta pelo piso na carreira continua. Dentro em breve terá reunião da comissão de negociação com o governo, depois reunião do Comando geral e nova assembleia geral da categoria para avaliar e votar os encaminhamentos e propostas.

Infelizmente, a vida mostra que não se consegue arrancar todas as reivindicações numa só luta. Uma coisa é a nossa vontade; outra coisa a nossa possibilidade real. Há um processo em curso, que envolve a correlação de força entre as partes. Na avaliação da categoria, considerando a correlação de força atual, com os aspectos políticos e jurídicos que a cercam, era preciso suspender a paralisação.

Mas, a nossa greve trouxe outros elementos que não podemos desprezar. Entre eles, a nossa auto-organização pela base, o desmascaramento do conteúdo dos poderes constituídos, da mídia, e da cumplicidade entre os diversos governos para nos esmagar. Conseguimos apoio à nossa causa e podemos trabalhar isso melhor até transformar a nossa luta numa grande causa regional e nacional.

... Continua ... Maiores detalhes no link a seguir:

Fonte: Blog do Euler

Deus lhe Pague!!!

É... A greve acabou.... ao menos por enquanto e neste instante com aquele gosto meio amargo e meio torto de: E ai?!?!

Não sei também, compartilho com todos os meus colegas de giz na mão a grande expressão de dúvida do que de fato ocorre nas bandas de lá...

Mas aprendi desde criança que agradecer é bom e mesmo que seja com ironia o agradecimento ainda é melhor do que a ofensa direta e irada.

Pois bem... Que assim seja...

Excelentíssimo Sr. Governador anastAZIA, Deus lhe Pague!



obs: Muitos vídeos existem disponíveis na net, mas esta interpretação de Elis Regina, seu olhar ao cantar... ahhh sim... É exatamente assim que todo o povo mineiro deveria cantar para o chefe de seu executivo...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Trabalhadores/as em educação suspendem a greve e voltam às salas de aula nesta quinta-feira (29/09) - Estado de greve continua

Após 112 dias de greve e 197 horas de greve de fome (dos trabalhadores/as Marilda de Abreu Araújo e Abdon Geraldo Guimarães), chega ao fim uma greve histórica em Minas Gerais. A suspensão da greve foi possível a partir de um processo de negociação com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais e com o governo, por meio do Secretário de Governo, Danilo de Castro. O Governo reconheceu, finalmente, que não paga o Piso Salarial Profissional Nacional na carreira. Foi assinado o Termo de Compromisso.

Os trabalhadores em educação, em greve desde 08 de junho, retornam às atividades escolares amanhã, 29 de setembro. A categoria conseguiu: o reconhecimento do Piso Salarial na carreira da educação, e não apenas para professor; a suspensão das demissões anunciadas pela Secretaria Estadual de Educação; a suspensão da tramitação do projeto de lei 2.355; a formação de uma comissão formada por representantes do Sind-UTE/MG, do Governo e da ALMG.

“O Piso Salarial na carreira significa aplicá-lo na tabela de vencimento básico considerando os percentuais existentes (22% entre os níveis e 3% entre os graus). O reposicionamento da categoria nesta tabela será objeto de definição da comissão e terá impacto financeiro entre 2012 e 2015”, explica a coordendora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueria.

Ela também informa que o processo para pagamento e a anistia dos dias paralisados serão feitos junto ao Legislativo Estadual. Vale dizer que a comissão inicia os trabalhos nesta quinta-feira, dia 29/09, em horário e local a serem definidos.


A direção do Sindicato orienta toda a categoria a aguardar a definição do calendário de reposição e do pagamento dos dias parados, assuntos que constam da pauta da reunião de amanhã.


Reunião no STF
Vale ressaltar que hoje, o Sind-UTE/MG tem reunião marcada a partir das 13 horas, em Brasília, com a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia. A proposta é pedir a ela que reveja sua decisão, publicada nessa segunda-feira (26/9), na qual ela nega recurso do Sindicato que pedia a suspensão da decisão do desembargador Roney de Oliveira, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que determinava a suspensão do movimento. “É fundamental que a ministra repense sobre sua decisão, porque é importante garantir o direito de greve do trabalhador/a”, defende Beatriz Cerqueira.

O Comando de Greve se reúne no dia 08 de outubro para avaliar o movimento e o andamento dos trabalhos desta comissão.





Fonte: Sindute MG

Professores decidem suspender greve e voltar ao trabalho na quinta-feira

Segundo sindicato, categoria permanecerá em estado de greve enquanto durarem as negociações pelo apromoramento salarial


Daniel Silveira
Publicação: 27/09/2011 23:41 Atualização: 28/09/2011 00:44


Depois de 112 dias de muito impasse, os professores da rede estadual decidiram aceitar uma nova proposta de negociação feita pelo Governo de Minas e voltar ao trabalho. Por volta das 23h35 desta terça-feira, a categoria definiu em assembleia aceitar as garantias de que não haverá qualquer tipo de retaliação aos grevistas e de aprimoramento da remuneração da categoria. Ficou definido que as aulas serão totalmente restabelecidas a partir desta quinta-feira.

Para dar fim à greve, foi firmado entre o governo e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) um termo de compromisso que prevê:

-A suspensão da paralisação parcial dos servidores de educação da rede pública estadual e o imediato retorno dos professores às salas de aula;
-A suspensão da tramitação do Projeto de Lei enviado pelo Governo de Minas à Assembleia Legislativa e a suspensão da aplicação de novas penalidades que seriam adotadas em decorrência da ilegalidade da paralisação decretada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais e confirmada pelo Supremo Tribunal Federal;
-A formação de uma comissão de negociação composta por parlamentares e por representantes do Sind-UTE/MG e do Governo de Minas. Esta proposta é a mesma que havia sido apresentada pelo Governo de Minas ao Sindicato, em reunião realizada em julho de 2011 com a presença de parlamentares.

Segundo o governo, a comissão de negociação que será formada contará com a presença de seis parlamentares, além dos representantes do Poder Executivo e do Sind-UTE. Ela irá discutir o aprimoramento e o reposicionamento na tabela salarial da carreira da educação, tanto no modelo de remuneração por subsídio como no antigo. Os reajustes serão escalonados entre 2012 e 2015.

A condição básica para validação do termo era a suspensão imediata da greve. A partir de então, o governo garante que a comissão, que será instituída por meio de uma resolução publicada imediatamente. Os trabalhos da comissão terão início 24 horas após a sua constituição.

Segundo a coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, o ponto mais importante da proposta feita pelo governo é o reposicionamento do plano de carreira dos professores que optaram pelo modelo de remuração antigo, feito com base no piso salarial. Ela ressaltou que a categoria permanece em estado de greve e que no dia 8 de outubro nova assembleia irá discutir os rumos das negociações com o governo.
Fonte: Estado de Minas

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Leonardo Boff e Dom Tomás Balduíno declaram apoio aos profissionais da educação em Minas Gerais

 

Já havia postado este vídeo anteriormente mas como são raras as palavras amigas e sábias quando se tem como tema a greve, posto-o novamente aqui no intuito de nos inspirar a cerca das razões de nossa luta e da possibilidade de dias melhores.

Deputados tentam, novamente, intermediar acordo entre Estado e professores na ALMG

27/09/2011 12h46

MÁRCIA XAVIER/FELIPE REZENDE

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A reabertura das negociações entre Governo do Estado e professores em greve voltou a ser debatida nesta terça-feira (27) na Assembleia Legislativa de Minas. A reunião sobre o assunto, que havia sido prometida por deputados, teve início no início desta tarde e ainda não há previsão de término. Os deputados tentam intermediar acordo sobre os rumos do movimento.

Na segunda-feira (26), ocorreu uma tentativa de reabertura das negociações, mas a categoria de professores não obteve resultado positivo. Educadores ocuparam o plenário da ALMG e garantem que só sairão do local depois que o governo do Estado reabrir as negociações.

Na tarde desta terça, professores farão uma nova assembleia para discutir os rumos do movimento, que já dura mais de cem dias.

Conforme resolução divulgada nesta terça, professores designados têm até hoje para retornar às salas de aula sob pena de serem demitidos pela Secretaria de Estado de Educação (SEE). O órgão abriu um processo administrativo contra os profissionais que não atenderam à convocação do Estado no último dia 21 para retomar as atividades. Na quarta-feira, os designados faltosos terão as iniciais do nome e o número de matrícula (Masp) publicados no "Minas Gerais" e, caso não apresentem defesa, serão dispensados.

Apesar da nova ameaça do governo, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute/MG), informou que a categoria continua em greve por tempo indeterminado.

Matéria atualizada às 13h


Fonte: O Tempo

Com caricaturas de representantes do governo, professores fazem novo protesto na ALMG

MÁRCIA XAVIER
Siga em: twitter.com/OTEMPOonline


Segurando faixas, um relógio gigante cronometrando os dias de greve e caricaturas de representantes do governo, entre elas a do governador Antonio Anastasia, professores estão se reunindo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, para uma nova manifestação.

De acordo com Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), reivindicações já estão sendo feitas no pátio da ALMG e a previsão é de que vários protestos ocorram no decorrer do dia.

Nesta terça-feira, professores farão uma nova assembleia para discutir os rumos do movimento grevista, que já dura mais de cem dias.

Alguns professores estão em greve de fome e outros acampados no plenário da ALMG. Segundo o Sind-UTE, os educadores só encerrarão os dois atos de protesto quando houver negociações sobre a greve com o governo.


Fonte: O Tempo

Professora que estava acampada na ALMG passa mal e é obrigada a deixar plenário

MÁRCIA XAVIER
Siga em: twitter.com/OTEMPOonline

Acampados no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, professores tiveram um susto na manhã desta terça-feira (27). De acordo com José Luiz Rodrigues, um dos diretores do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), uma professora passou mal e teve que ser retirada do local.

Detalhes do que ocorreu com a educadora não foram divulgados, mas segundo a diretoria do sindicato, ela já foi medicada e está se recuperando. O sindicato informou ainda, que nesta manhã, 27 professores estão acampados no plenário e dois estão em greve de fome do lado de fora da ALMG.
Segundo José Luiz, nesta manhã, alguns deputados levaram comidas para os professores acampados no plenário. O acesso a água também foi liberado pela Casa.

Prevista para esta manhã, a resposta sobre a reabertura das negociações com a categoria em greve, prometida por deputados, ainda não foi dada. Conforme José Luiz, nenhum político se pronunciou sobre o assunto ainda.

José Luiz disse também que o Batalhão de Choque da Polícia Militar voltou a ocupar os arredores da ALMG. Segundo o diretor, a entrada de professores na Casa está restrita.

Na tarde desta terça, professores farão uma nova assembleia para discutir os rumos do movimento, que já dura mais de cem dias. O Sind-UTE informou que educadores ficarão acampados na ALMG até que haja negociações sobre a greve com o governo.

Fonte: O Tempo

ASPRA/MG ENTREVISTOU BEATRIZ CERQUEIRA DO (SIND-UTE/MG)


Beatriz Cerqueira participou hoje do programa a Voz do Praça, apresentado por Tenente Gonzaga na Web Rádio Aspra.







Fonte: Blog da Renata

Governo abrirá sindicância contra professores designados que permanecem em greve

Resolução que regulamenta abertura de processo administrativo contra os docentes contratados será publicada nesta terça-feira


Daniel Silveira
Publicação: 26/09/2011 18:37 Atualização: 26/09/2011 19:13


A partir desta terça-feira, os professores designados na rede estadual de Minas que permanecem em greve serão notificados por escrito sobre a abertura de sindicância contra cada um deles. De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (SEE), 248 docentes contratados continuam fora das salas de aula. Serão criadas comissões e cada professor terá cinco dias de prazo para apresentar defesa. Aqueles que tiverem faltas graves serão dispensados.

Segundo a SEE, uma resolução que regula a abertura de processos administrativos contra os professores designados que não retornaram às atividades será publicada nesta terça-feira. Nela, constarão as iniciais e a identificação funcional (Masp) de cada servidor. Já as notificações nominais serão encaminhadas pelas Superintendências Regionais de Ensino para a casa de cada docente.

Na última quarta-feira, a SEE publicou resolução convocando os 248 professores designados que estavam em greve para retornar ao trabalho. A publicação determinava prazo de 48 horas para que eles voltassem a dar aulas.

Batalha judicial
Mais uma vez, a Justiça se posicionou contrária à greve dos professores da rede estadual, que há mais de 110 dias estão fora das salas de aula. Nesta segunda-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) indeferiu liminar do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindute-MG). Ela pedia a suspensão da decisão do desembargador Roney de Oliveira do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que considerou a greve dos professores ilegal e determinou o imediato retorno às aulas dos educadores.

Ao requerer a liminar, o Sind-UTE argumentou que a decisão do TJMG contraria a Constituição e decisões do STF, pois “veda o exercício do direito de greve como instrumento legítimo de pressão do Estado Democrático de Direito”, além de pender em favor do Poder Executivo. A decisão, que indeferiu o pedido, foi da ministra Carmen Lúcia Antunes.

em.com entrou em contato com o Sind-UTE mas ninguém foi encontrado para comentar o assunto.

Fonte: Estado de Minas

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

STF nega recurso do Sind-UTE contra a ilegalidade da greve


João Henrique do Vale -
Publicação: 26/09/2011 15:52 Atualização: 26/09/2011 18:13


O Supremo Tribunal Federal (STF) indeferiu nesta segunda-feira uma liminar do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindute-MG) que pedia a suspensão da decisão do desembargador Roney de Oliveira do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que considerou a greve dos professores ilegal e determinou o imediato retorno às aulas dos educadores.
O Sind-UTE entrou com a liminar por entender que a decisão do TJMG contraria a Constituição e decisões do STF, pois “veda o exercício do direito de greve como instrumento legítimo de pressão do Estado Democrático de Direito”, além de pender em favor do Poder Executivo. A decisão foi da ministra Carmen Lúcia Antunes.

Em sua decisão o desembargador Roney Oliveira estipulou uma multa para o Sind-UTE caso a medida não fosse cumprida. O valor da multa não pode ultrapassar os R$ 600 mil. Como a decisão é em caráter liminar, o mérito da ação ainda será julgado por outros desembargadores da 2ª Câmara Cível.

Em greve há 111 dias, os professores reivindicam o pagamento do Piso Salarial Nacional, de R$1.187,00, para uma jornada de 40 horas semanais. O governo propõe piso salarial de R$ 712,20, para uma jornada de 24 horas semanais, começando a valer a partir de janeiro de 2012.

O em.com entrou em contato com o Sind-UTE mas ninguém foi encontrado para comentar o assunto.

Urgente / Urgente / Urgente

- Às 18h05m - De acordo com o tenente Alex, correspondente internacional do blog, acompanhado pelo combativo Carlinhos do Machado, o ato no Centro de BH terminou agora, com grande participação de apoiadores - pais de alunos, estudantes de várias universidades, o pessoal dos Correios em greve, e outros movimentos sociais.

Mais cedo um pouco quem me ligou foi o pai de aluno Paulo Roberto, que tem apoiado o nosso movimento e participou do ato. Amanhã teremos a nossa assembleia. E no Plenário da ALMG, neste instante, vários educadores continuam acorrentados, além do pessoal em vigília e dos colegas Marilda e Abdon, que estão em greve de fome.

- Às 17h29m - Só informar ao pessoal do Interior que virá apenas amanhã e nos acompanha neste momento:

- o movimento da Praça da Estação caminha em marcha com dezenas de educadores e apoiadores rumo à Praça Sete.

Conforme informou o combativo Alex, por telefone, vários pais de alunos, estudantes e outros movimentos e grupos sociais participam do ato de apoio e solidariedade ao nosso movimento.

- Às 15h30: Acompanhem o debate sobre a tortura no Brasil no Plenário da ALMG - onde muitos colegas nossos estão acorrentados - pela TV Assembleia.

Link: http://www.almg.gov.br/index.asp?grupo=comunicacao&diretorio=tvalmg&arquivo=tv_assembleia&idbox=TV%20Assembleia


- Cerca de 20 educadores em greve estão neste momento, às 14h39m, acorrentados no Plenário da ALMG, onde os deputados discutem e votam as questões.

Favor divulgar para a mídia e por twitter.

Informação dada pelo comandante João Martinho.




Diretamente do CHILE, onde os estudantes e toda a sociedade se mobilizam em defesa da Educação pública, os educadores em greve de Minas recebem apoio.



Fonte e Artigo completo em: Blog do Euler

Greve de fome de educadores completa hoje uma semana

Prosseguem com atos e reuniões pela implantação do Piso Salarial em Minas Gerais

Prosseguem as várias ações e atos dos trabalhadores em educação, em greve desde o dia 08 de junho pela implantação do Piso Salarial Profissional Nacional. O movimento tem recebido, diariamente, apoio dos movimentos sindical, social e populares, além de autoridades e sociedade. No final da tarde da última sexta-feira (23/9), a categoria recebeu, no hall das Bandeiras, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a visita do Frei Gilvander e do ex-ministro Patrus Ananias. Hoje a greve completa111 dias.

Greve de fome – Permanecem sem se alimentar os trabalhadores/as Abdon Geraldo Guimarães e Marilda de Abreu Araújo. Eles estão em greve de fome desde as 14 horas de segunda-feira (19/9) e, logo mais às 14h completam 168 horas de jejum. Eles vão permanecer assim até o Governo negociar com a categoria. O estado de saúde dos educadores/as é estável.

Acampados – Enquanto isso, educadores estão no hall das Bandeiras, na ALMG, acampados desde a última terça-feira (20/9), após a Assembleia Estadual da categoria. A iniciativa busca exigir abertura de negociação com o governo para a implantação do Piso Salarial e também é por tempo indeterminado. Na sexta-feira (23/9), a categoria que mora no interior do estado voltou para a sua região e os trabalhadores em educação de BH e Grande BH permaneceram no acampamento. Na manhã de hoje (26/9), os educadores do interior retornaram ao acampamento no Legislativo Mineiro.

Atos e reuniões – Nesse final de semana, houve, no sábado, uma panfletagem na Praça Sete e, no domingo, outra panfletagem na Feira na Praça da Assembleia. Hoje (26/6), haverá um ato público em apoio à greve dos trabalhadores e trabalhadoras em educação e à luta do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), na Praça da Estação, a partir das 14h. A manifestação é uma promoção da UFMG e a Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG). Participam também representantes das demais centrais Sindicais no Estado.

Também hoje, às 17h, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seção Minas Gerais, à Rua Albita, 260, no Bairro Cruzeiro, haverá uma reunião com a direção do Sind-UTE/MG. A direção do Sindicato irá se discutir com o presidente da OAB/seção MG, Luís Cláudio da Silva Chaves, a greve da categoria.

Fonte:  Sindute MG

CENTRAIS SINDICAIS EM MINAS GERAIS CONVOCAM PARA ATO PÚBLICO DE APOIO À GREVE DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO, NA SEGUNDA-FEIRA (26 DE SETEMBRO)

A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e demais centrais no Estado convocam dirigentes e militantes dos sindicatos e entidades de sua base para o ATO PÚBLICO EM APOIO À GREVE DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS EM EDUCAÇÃO E À LUTA DO SIND-UTE/MG que vai ser realizado às 14 HORAS DESTA SEGUNDA-FEIRA (26 DE SETEMBRO DE 2011), NA PRAÇA DA ESTAÇÃO, na Região Central de Belo Horizonte.

A manifestação contará também com a participação de políticos, entidades dos movimentos sociais, populares, estudantil e religiosos, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Movimento Minas Sem Censura, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

As centrais sindicais se unem aos trabalhadores em educação e ao Sind-UTE/MG que, num movimento histórico, desafiam o governo do Estado e lutam pelo pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional.

A paralisação, que ultrapassa 100 dias, é a maior de todos os tempos e desmascara o governo de Antonio Anastasia, que oprime a classe trabalhadora e criminaliza os movimentos sindicais, sociais e populares.

ATO PÚBLICO EM APOIO AO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO
DATA: 26 de setembro de 2011 (segunda-feira)
HORÁRIO: 14 horas
LOCAL: Praça da Estação, Região Central de Belo Horizonte

Fonte: Sindute MG

Troféu cara de Pau